Telescópio de US$ 1,9 Bilhão vai Rastrear o Planeta Invisível

Avatar for Bruno DiasBruno DiasCuriosidadesdezembro 9, 2024

Alguns séculos atrás, as pessoas pensavam que tinham mais de oito planetas no sistema solar. E erroneamente, classificaram asteroides como planetas. Mas algumas dessas previsões acabaram sendo verdadeiras. E ainda acredita-se que alguns desses planetas possam existir. Como é o caso de um, em específico, que é bem real para os astrônomos, o chamado planeta X ou Planeta Nove. E saber da existência dele está mais perto porque um telescópio irá rastrear esse planeta invisível.

A existência desse planeta no sistema solar externo é apoiada pelos cálculos feitos em um novo estudo. De acordo com eles, esse corpo hipotético poderia ter uma massa 4,4, vezes maior que a da Terra e ter uma órbita praticamente 10 vezes mais longe do que Netuno, o planeta mais remoto do nosso sistema solar.

O estudo feito analisa a posição de objetos transnetunianos (TNOs) no sistema solar. Eles são qualquer corpo menor no nosso sistema solar que orbita o sol e tem uma órbita maior que a de Netuno.

Dentre os TNOs, os mais famosos são Plutão, Éris, Haumea, Makemake, Gonggong, Quaoar, Sedna e Orcus. Contudo, o novo estudo faz a análise de outros que estão ainda mais longe.

Então, para conseguir definir o local e as características desse plante invisível o estudo usou vários testes estatísticos. Como resultado, ele mostrou um agrupamento significativo nas propriedades orbitais de TNOs que estão seis vezes mais longe que Netuno.

“Usando a maior amostra de TNOs distantes e estáveis até hoje, em uma série de testes estatísticos, encontramos um agrupamento significativo em um ângulo específico que descreve a orientação das órbitas”, disse Amir Siraj, autor principal e astrofísico da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Telescópio irá detectar planeta invisível

Olhar digital

Como resultado eles tiveram um modelo para as características do planeta invisível que é diferente dos outros estudos feitos, principalmente com o feito pelos

pesquisadores Mike Brown e Konstantin Batygin, ambos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) em 2016.
“Comparado com o ‘Planeta Nove’ de Batygin & Brown, nosso trabalho aponta que o Planeta X tem uma órbita mais próxima e mais elíptica (mais excêntrica), que está melhor alinhada com as órbitas dos planetas do sistema solar (menor inclinação) — além de ter uma massa menor. No geral, nosso trabalho prevê características planetárias diferentes das de Batygin & Brown, com apenas 0,06% de concordância entre nossos modelos”, pontuou Siraj.
Então, se esse novo estudo estiver certo, pode ser mais fácil encontrar esse planeta do que era imaginado. “Como resultado das características diferentes, nosso modelo para o Planeta X prevê uma maior probabilidade de o planeta ser descoberto pelo Observatório Vera C. Rubin”, disse Siraj.
No Observatório Vera C. Rubin existe um telescópio refletor de 8,4 metros que consegue fazer o mapeamento de todo o céu visível e está sendo construído no norte do Chile. O previsto é que ele comece a funcionar em 2025.
Então, o que se espera é que esse telescópio consiga confirmar a existência do tão debatido planeta invisível.  “É projetado de forma belíssima e tem uma excelente chance de detectar o Planeta X – se ele realmente existir – enquanto ele pisca pelo céu noturno”, concluiu Siraj.
Fonte: Forbes
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