Todos temos o conceito de dinossauro bem fixado na cabeça, seja por programas infantis ou pelos filmes de ficção científica, como Jurassic Park. O fascínio por essas criaturas e a vontade de encontrar animais do passado preservados permanece na sociedade por muito tempo. E ele se mantém vivo por conta de casos reais que acontecem, como por exemplo, esse vaga-lume que foi encontrado preservado em âmbar.
Essa nova espécie descoberta pelos cientistas representa o segundo vaga-lume do Mesozoico encontrado pela ciência. Os restos desse animal foram descobertos em 2016 e estão preservados em âmbar birmanês de 99 milhões de anos. Eles foram descobertos em Mianmar e o que se acredita é que os vaga-lumes tenham evoluído bioluminescência aérea, que é a habilidade de brilhar enquanto estão voando, há cerca de 100 milhões de anos.
Um estudo de 2022 concluiu isso através da análise da primeira espécie de vaga-lume do Mesozoico encontrada, que aconteceu em 2015. Contudo, o que complica análises mais certeiras e profundas é a dificuldade de encontrar os fósseis desse inseto. Nesse aspecto, o vaga-lume encontrado em âmbar resolve algumas partes.
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Os cientistas chamaram essa nova espécie de Flammarionella heihakuni como uma homenagem à Camille Flammarion, astrônomo francês, e ao colecionador amador Haikun He, que fez a doação de várias espécies preservadas em âmbar para os cientistas.
Em 2016, época em que o vaga-lume foi encontrado no âmbar, ele enganou vários cientistas por conta das suas antenas serradas, como as vistas nos besouros Elateridae modernos, que são conhecidos pelos barulhos que eles fazem. Contudo, fazendo uma análise mais detalhada, eles viram o órgão abdominal responsável por produzir o brilho dos vaga-lumes.
A ciência conhece aproximadamente 10 espécies de vaga-lumes do passado. Hoje em dia, existem cerca de duas mil espécies que provavelmente também brilhavam como as antigas.
O acreditado é que essa nova espécie seja da subfamília de vaga-lumes Luciolinae, que tem 450 espécies vivas. Os cientistas pensam isso por conta da posição do órgão que produz a luz, que está no abdômen. A única diferença é que as espécies vivas não tem antenas serradas. Com relação à elas, o que eles pensam é que elas eram diferentes conforme o sexo do inseto.
Fonte: Canaltech
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