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A vida de Kim Peek, um dos homens mais inteligentes do mundo

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Muitos até podem não lembrar mas, quando Dustin Hoffman ganhou o Oscar por sua atuação no filme Rain Man, nos anos 1980, o ator agradeceu ao sábio Kim Peek. Afinal, era o mínimo que podia fazer pelo homem que inspirou a personagem que Hoffman interpretou. É importante ressaltar que o auge da carreira de Peek não foi ter sido retratado em um filme. Por mais popular que seja o filme, a produção só o ajudou a se aproximar um pouco mais dos holofotes.

Além disso, a vida de Peek é muito mais interessante que o filme. Nosso protagonista nasceu em Salt Lake City, em novembro de 1951. Por uma indelicadeza do destino, era portador da síndrome de Savant. Mesmo doente, possuía uma incrível memória fotográfica. Para se ter uma ideia, uma pessoa normal memoriza apenas 45% de tudo que lê e escuta. Mas Kim retinha 98%. Tal capacidade começou a se fazer presente quando ele tinha apenas dois anos. Ao longo da vida, estima-se que Kim tenha memorizado 12 mil livros, entre os quais a Bíblia e toda a obra de William Shakespeare.

De acordo com pessoas próximas, Kim Peek manteve uma vida reclusa. Mesmo possuindo uma enorme capacidade de absorção e observação, Peek não conseguia realizar tarefas mais simples, como se vestir, por exemplo. Peek também só aprendeu a andar com quase quatro anos. Felizmente, para nossa alegria, Peek teve um pai incrivelmente dedicado.

A história desse pequeno e grande notável mudou em 1984, quando a família conheceu o roteirista Barry Morrow. Fascinado por sua história, Morrow resolveu adaptar a vida de Peek para o cinema. O filme foi sucesso de público e arrecadou nas bilheterias a quantia de 412,8 milhões de dólares. Kim Peek, então, passou a ganhar a vida ministrando palestras. Peek faleceu em dezembro de 2009, em um hospital em Murray, cidade nos subúrbios de Salt Lake City, em Utah, Estados Unidos. De acordo o pai, Peek sofreu um ataque cardíaco.

O filme

A produção conta a história de Charlie Babbitt, um jovem que viaja a um hospital psiquiátrico, para tentar descobrir quem é o beneficiário da fortuna que seu pai deixara ao falecer. Ao chegar ao hospital, Charlie descobre que o beneficiário é Raymond, um irmão mais velho autista de quem nunca ouvira falar. Para garantir o dinheiro da herança, Charles se aproxima de Raymond, disposto a brigar judicialmente pela guarda legal do irmão. Os dois, então, viajam pelo país, conhecendo-se, aprendendo para conviver e passando por inúmeras dificuldades. Aos poucos, o laço entre os dois irmãos ganha força e o dinheiro deixa de ser importante.

Síndrome de Savant

Embora rara, a condição é descrita na literatura médica há muito tempo. O primeiro registro ocorreu em 1789, e foi feito quando um estudioso resolver descrever o caso incomum de Thomas Fuller. Era incomum porque o indivíduo demonstrava uma grande habilidade de fazer cálculos, mas não sabia nada de matemática. Ao longo do tempo, pesquisadores chegaram à conclusão de que a Síndrome de Savant poderia ser mais complexa do que se imaginava. Se de um lado, a pessoa apresenta talentos incríveis, do outro, mostra limitações que afetam, na maioria dos casos, seu poder de comunicação. A condição ocasiona déficits intelectuais na vida dos indivíduos. As pessoas diagnosticadas com autismo podem manifestar esse quadro.

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