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6 momentos em que nossa memória nos engana

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O nosso cérebro é de fato muito complexo e inteligente, mas também tem a capacidade de nos pregar peças. Você sabia que é possível criar memórias que na verdade nunca existiram? E que é possível manipular aquelas que nós já temos? Sim, a nossa memória nos engana.

Muitos são os artifícios utilizados para alterar uma memória. Ou criar uma. Vários são os estudos relacionados sobre o assunto. Todos eles provam que nossa memória passada não é confiável e que pode ser manipulada com alguma facilidade.

Confira mais sobre as pesquisas que mostram como nossa memória engana.

1 – Memórias e palavras

Esse estudo tinha como objetivo entender de que forma a memória e as palavras estão ligadas. Um grupo de pessoas teve acesso a registros de acidentes e logo após preencheram um formulário. Os questionários usavam as palavras “chocaram” enquanto outros usavam “bater”, “tocados” ou “acidente”. O resultado foi de que as pessoas atribuíram a maior velocidade aos casos em que a palavra “acidentado” apareceu.

Isso mostrou que nossas memória pode ser influenciada por palavras e perguntas sugestivas. Com isso, se confirmou que é possível influenciar como algo é percebido, de acordo com a manipulação que se faz dos fatos.

2 – Pernalonga na Disney

Em 2002, foi realizado um estudo com pessoas que já haviam visitado a Disneylândia no passado. As crianças eram perguntadas sobre algo simples: Você viu o Pernalonga em sua visita? Antes disso, todos eles assistiram a um falso vídeo da Disney, em que o personagem tem papel central. Quando perguntados 16% disseram que se lembravam do ter visto o coelho e não foi só isso, 42% disseram que o abraçaram e mais da metade que pegaram na mão do Pernalonga.

Acontece que esse personagem pertence a Warner Bros e não a Disney e nunca fez parte de nenhuma atração do parque. Mas então as crianças mentiram? Não, não é bem assim. Acontece que vídeos e fatos documentados têm muito mais efeito sobre nós do que nossas histórias orais. Os detalhes citados? Eles, de certa forma, ocorreram, só que com outros personagens. É como se fossemos enganados por nosso cérebro mesmo.

3 – Criando memórias de infância

Esse estudo foi realizado nos anos 1990 e tinha como objetivo analisar a possibilidade de criar falsas memórias da infância. Para isso, um parente introduzia a história de alguma vez que se perderam no shopping, ou de quando foram hospitalizados à noite e de quando passaram por apuros quando se afogaram. Cerca de 1/4 das pessoas acreditaram na falsa memória e até complementaram com detalhes. No entanto, algumas pessoas foram resistentes e não acreditaram na história contada.

A pesquisa concluiu que parentes, pessoas de nossa confiança têm maior poder de manipulação sobre nossas memórias. Eles também chegaram ao resultado de que é mais fácil plantar memórias boas. As memórias negativas foram pouco aceitas.

4 – Céticos que não acreditam em misticismo, mas será?

O professor George Mazzoni fez um estudo com seus estudantes para testar a possibilidade de criar memórias negativas e fantasmagóricas. Para isso, ele selecionou seus estudantes mais céticos. Primeiro, eles foram induzidos a ler falsos artigos, que contavam sobre crianças que viveram experiências sobrenaturais. Feito isso, eles preencheram um formulário sobre seus medos, que os induziu a pensar que passaram por experiências demoníacas. No fim, cerca de 1/4 dos alunos concordaram com a possibilidade de terem passado por uma experiência sobrenatural.

O resultado foi de que quanto mais próxima nossa cultura, mais fácil é para nos fazer acreditar nela. Além disso, chegaram a conclusão de que é possível criar memórias sobrenaturais, até mesmo nos mais céticos.

5 – Memória e tempo

Um estudo realizado pela especialista em memória Elizabeth Loftus e sua equipe, tinha como objetivo entender a relação entre tempo e memória. Quanto tempo eventos passados teriam durado, mas não quaisquer eventos, e sim situações de catástrofe de fato. Foram selecionados o ataque terrorista em Moscou, que ocorreu em 1999, e o ataque às torres gêmeas, em 2001. A pergunta era sobre quanto tempo cada ataque teria durado e qual a distância entre esses eventos.

As respostas foram muito discrepantes, variavam entre poucos minutos até dias. Os dados temporais eram completamente imprecisos. O resultado da pesquisa foi de que a avaliação do tempo é subjetiva e que ela se torna ainda mais complicada para aqueles que estão pessoalmente envolvidos. Além disso, quando os acontecimentos são agitados isso faz com que o tempo seja percebido de forma ainda mais lenta.

6 – Memórias interferem em nossas preferências

Essa pesquisa tinha como objetivo entender se as memórias estavam ligadas aos nossos gostos e comportamentos. Um grupo de pessoas selecionadas passou por um exame que mostrou que algumas delas sofreram com casos envenenamento por ovos ou pepinos, quando crianças. Na segunda etapa da pesquisa, essas pessoas foram convidadas para festas em que esses alimentos faziam parte do cardápio. Aqueles que o exame apontou o envenenamento, se negaram a comer os alimentos.

Isso mostrou que nossas memórias influenciam nosso comportamento e preferências. E caso seja possível mudar sua memória, isso também pode mudar seu comportamento etc, como ocorreu com as pessoas do estudo.

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