A era vitoriana foi bem peculiar, especialmente quando o assunto era morte. Ainda que o povo da época fosse fascinado pela vida e todas as suas belezas, também tinha uma estranha obsessão pelos temas da morte.
As grandes epidemias da época e a morte do Príncipe Albert – filho da Rainha Vitória – também ajudou a criar uma aura de luto e pensamentos sobre a morte na Inglaterra e na Europa do século 19.
Com a mortalidade em alta, não seria de se espantar que manchetes e notícias tratassem de casos estranhos e singulares de mortes em suas páginas. Aqui estão algumas das mais estranhas mortes que foram publicadas em jornais da época.
1 – Morte acidental por pulo de árvore
Em 13 de agosto de 1912, de acordo com o Times, de Londres, uma paciente de um hospital de pessoas com problemas mentais consegui escapar da supervisão e foi encontrada em cima de uma árvore. Funcionários chegaram a colocar uma escada ao lado da árvore para fazer o resgata da mulher, identificada como Brooker, mas ela pulou da árvore, batendo a cabeça e morrendo. A morte foi considerada acidental e ninguém na instituição foi acusado.
2 – Encarando o cano de uma arma
Numa noite de outubro de 1881, um homem chamado Birchall mandou que seu servo Hague buscasse uma pistola em sua casa. O funcionário seguiu as ordens, pegou as armas e deu uma boa olhada nela, bem de perto, para fazer uma inspeção. Durante o ato, no entanto, acabou dando um tiro no próprio rosto. Quando uma testemunha chegou no local com a polícia, um outro funcionário pegou a arma para mostrar o que tinha acontecido e, reproduzindo a cena, morreu da mesma forma.
3 – Perigo de sufocamento
Ainda hoje, crianças adoram colocar objetos aleatórios na boca, e na era vitoriana não era diferente. Em 1 de outubro de 1897, a Sra. Cereche deixou sua filha Alice no chão, quando percebeu que a garota tinha colocado algo na boca, de acordo com o Blackheath Gazette, de Londres. A criança começou a engastar e um médico foi chamado, mas não a tempo de impedir a morte por asfixia. Somente nos exames de autópsia foi possível perceber que a menina tinha se engasgado com um prendedor de papel de bronze.
4 – Garrafa explosiva
Segundo o The Church Weekly, numa simples manhã de 1898, Louisa Maria Langridge estava arrumando a casa quando foi lavar algumas roupas. Depois de mover uma garra de amônia para uma prateleira, o recipiente explodiu em sua mão. O composto corrosivo se espalhou por todos os lados, ensopando sua pele e queimando sua face. O artigo de jornal cita o Dr. Edward Fish, um médico que relatou nunca ter visto casos semelhante, mas acreditava que a explosão tinha sido provocada por calor. A causa oficial da morte foi bronquite, causada pelo vapor da amônia.
5 – Pedra, papel, tesoura, morte
Durante uma manhã de 22 de maio de 1896, uma francesa não identificada estava no seu jardim quando voltava para casa, tropeçou com uma tesoura na mão. De acordo com o artigo do The Westminster Budget, “Curiosamente, ela caiu de uma forma que a tesoura em suas mãos atingiu seu pescoço, perfurando a veia jugular”. A ferida foi tão grave que a mulher morreu três minutos depois, em razão da perda de sangue.
6 – Cuidado com a cerca
De acordo com o Sydney Morning Herald, Mary Agnes Lapish estava na Austrália em 1893 depois de uma longa noite de bebedeira e nunca voltou para casa. Na manhã seguinte, o corpo da mulher foi encontrado pendurado numa cerca de arame farpado. As autoridades acreditavam que ela havia tentado passar pela cerca mas se desequilibrou e acabou morrendo.
7 – Espirro mortal
Numa noite de quarta-feira em 1892, Martha Roundtree estava trabalhando num restaurante quando sofreu uma crise de espirro. Na verdade, os espirros foram tão fortes que houve um rompimento em órgãos internos e uma perfuração no estômago. Ela foi levada para o hospital para cirurgia, mas acabou morrendo, tudo por resultado de um espirro.
Dá pra imaginar essas notícias sendo publicadas e as reações das pessosa na época, não é mesmo? Mortes estranhas que conquistaram as páginas dos jornais, chocando ainda mais a população.
Comentários