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7 imagens terríveis de Chernobyl e a história por trás delas

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Muito provavelmente você já ouviu falar sobre o desastre de Chernobyl. E não é para menos, afinal, o acontecimento catastrófico acabou por se tornar um dos maiores acidentes nucleares da história. E hoje, 33 anos depois, a área onde aconteceu o acidente ainda sofre as consequências.

Na noite do dia 25 de abril de 1986, uma explosão no Reactor N 4 de uma usina nuclear em Chernobyl, na parte norte da Ucrânia soviética, liberou mais de 50 toneladas de material radioativo na atmosfera terrestre. No total, 32 pessoas morreram devido à explosão no primeiro instante, mas inúmeras outras tiveram queimaduras devido à radiação. Aproximadamente 8,4 milhões de pessoas que moravam na Bielorrússia, Ucrânia e Rússia foram afetadas. A explosão liberou uma enorme nuvem radioativa que se espalhou pelo ar. As consequências do acidente foram tão catastróficas que até hoje, aquela região sofre com o impacto da radiação a qual foi exposta.

Hoje vamos relembrar esse trágico acidente, revelando a história por trás de algumas imagens de Chernobyl, confira.

1 – Evacuação tardia

Para se ter uma noção, a quantidade de radiação que o desastre de Chernobyl liberou na atmosfera foi de 50 milhões de curies. Isso é o equivalente a cerca de 500 bombas de Hiroshima. No primeiro instante, as autoridades não tomaram providências rápidas para evacuar a cidade. Armen Abagian, que era o diretor de um dos institutos de pesquisa de energia nuclear de Moscou na época, alertou o governo sobre a necessidade de retirar os moradores imediatamente.

Quando os moradores começaram a notar o “cheiro metálico” no ar e na atmosfera, eles entraram em pânico. Aproximadamente 24 horas depois da explosão é que a evacuação da cidade foi ordenada. Foram usados 1.200 ônibus e 200 caminhões para retirar 47 mil moradores de Prioyat. Os moradores acreditavam que quando a situação fosse controlada eles poderiam voltar para suas casas, algo que nunca aconteceu.

2 – Roupas de proteção

Mais de 600 mil pessoas, entre civis e militares, receberam o título de “liquidatários de Chernobyl” para trabalhar na limpeza da cidade após o desastre. Inicialmente esse seria um trabalho para robôs da Alemanha Ocidental, Japão e Rússia. No entanto, devido aos altos níveis de radiação, eles não puderam mais operar na limpeza dos destroços. Então, esse trabalho passou para os humanos, que não poderiam ficar mais de 40 segundos expostos à radiação. Como o exército não tinha uniformes suficientes para todos trabalharem nessas condições, eles tiveram que improvisar. Então os liquidatários confeccionaram suas próprias roupas de proteção. Eles usavam lençóis de até 4 milímetros de espessura como aventais para tentar proteger a espinha e medula óssea. Mesmo assim, muitos deles tiveram graves problemas de saúde, e alguns até chegaram a morrer devido ao contato com a radiação.

3 – Trabalho dos médicos

Robert Peter Gale é um médico que ficou conhecido como “Doutor de Chernobyl”. Ele foi um dos muitos médicos e cientistas que foram levados de outros 15 países para ajudar a tratar as vítimas do acidente. O Dr. Gale cuidou de pacientes que foram expostos a tanta radiação que até mesmo um transplante de medula óssea não poderia salvá-los. Sem o funcionamento regular da medula óssea no corpo, o paciente geralmente não sobrevive mais do que quatro semanas. Uma das maiores dificuldades dos médicos nesse caso, era avaliar a quantidade de radiação pela qual os pacientes foram expostos, já que a perda de pelos e escurecimento da pele foram os únicos sinais visíveis.

4 – Aldeias enterradas

A aldeia de Kopachi está localizada a 7 km do local da explosão. Hoje a aldeia não passa de um lugar deserto. Toda a vila de Kopachi foi completamente destruída e enterrada pelo exército soviético. No entanto, o que parecia ser uma solução para o problema da contaminação radioativa, acabou se tornando um problema ainda maior. O guia de Chernobyl, Yuri Tatarchuk, explica que “Kopachi estava muito contaminada e por isso foi decidido enterrá-la, casa por casa. Parecia uma boa ideia na época, mas não era. A escavação apenas empurrou o material radioativo mais profundamente no solo e mais perto do lençol freático, de modo que a contaminação se espalhou ainda mais”.

5 – Cães de Chernobyl

Muitas pessoas acreditam que nenhuma vida pode sobreviver em Chernobyl, o que não é totalmente uma verdade. Com o alto nível de radiação que ainda existe no lugar, não é aconselhável que alguém viva lá. No entanto, estima-se que mais de 900 cães de rua vivam na Zona de Exclusão. Acredita-se que os filhotes sejam descendentes dos cães de estimação que foram deixados para trás na época da evacuação. Naquela situação, as pessoas foram aconselhadas a levar somente pertences essenciais e comida, e muitos animais acabaram ficando para trás.

6 – Má formação de bebês

Depois do desastre, os cidadãos de Kiev foram instruídos pelas autoridades a tomar alguns cuidados. Esse cuidados básicos incluíam tomar banhos quentes regularmente, manter as janelas fechadas e lavar regularmente os seus móveis. No entanto, as precauções não foram o suficiente. Depois de 1986, os médicos relataram um aumento significativo nos casos de defeitos congênitos. Em 2010, a UNICEF relatou que 20% dos adolescentes da Bielorrússia, país que faz fronteira com a Ucrânia, sofrem de doenças crônicas ou deficiências causadas por defeitos congênitos em decorrência da radiação.

7 – Animais contaminados

Alguns meses depois da explosão da usina em Chernobyl, a radioatividade se espalhou para a Floresta Galsjo, na Suécia. Os animais estavam contaminados quando seus corpos foram jogados em uma pedreira depois de terem suas cabeças e peles retiradas. Conhecida como a “Floresta Vermelha”, a área florestal que rodeia a central nuclear de Chernobyl teve suas árvores mortas e as folhas transformadas em uma cor vermelha profunda depois a contaminação. Hoje a Floresta Vermelha é um dos locais mais contaminados do mundo, com mais de 90% da radioatividade encontrada no solo.

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