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Isso é o que sabemos sobre os animais mutantes de Chernobyl

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A data era 26 de abril de 1986. Ela mudaria a vida de milhares de pessoas para sempre. Esse dia remonta ao pior acidente nuclear já registrado em nossa história, matando milhares de pessoas ao longo do tempo. Estima-se que 31 pessoas tenham morrido instantaneamente após a explosão do reator nuclear da usina de Chernobyl, no entanto, não se sabe ao certo o número de mortos, visto que a exposição à radiação pode ter provocado a morte de outros milhares. Muitos desenvolveram câncer, outros cometeram suicídio… Enfim, foi realmente catastrófico.

Embora esses dados não sejam novidade, um tema pouco abordado tange os animais que viviam em Chernobyl naquela época, bem como os que vivem por lá atualmente… Afinal, assim como os humanos, eles também foram extremamente afetados. O fato é que muitos também morreram, enquanto outros ficaram com sequelas. Em decorrência da radiação, muitos filhotes nasceram completamente deformados e acabaram não se reproduzindo. E quanto aqueles que ainda vivem por lá?

Estudos envolvem animais esquecidos em Chernobyl

Embora a região onde o acidente aconteceu permaneça isolada, pessoas ainda se arriscam a fazer visitas. Por outro lado, não é possível evitar que animais vivam nas proximidades… E são eles que servem como “termômetro” para analisarmos os efeitos que o atual grau de radiação ainda pode provocar. Nos primeiros anos após o acidente os cientistas se concentraram em estudar os animais domésticos deixados para trás, afim de estabelecer o que poderiam desenvolver ao longo do tempo.

Os dados que encontravam eram realmente assustadores, visto que acidentes nucleares costumam causar câncer e mutações. Os estudos continuam, pois ainda é importante entender os efeitos que Chernobyl pode provocar, ajudando a humanidade a se prevenir contra outros eventuais acidentes nucleares.

Mutações

A energia proveniente de toda a radiação é capaz de quebrar ou danificar por completo algumas moléculas do DNA. Caso esses danos sejam muito graves, as células não conseguem se replicar, provocando a morte. Por outro lado, existem os casos em que o DNA não pode ser reparado, mas também não sofre danos suficientes para matar o indivíduo. É aí que ocorrem as mutações.

Entre os anos de 1989 e 1990, foi possível perceber que o aumento de deformidades nos animais cresceu de forma significativa, tudo isso logo após o acidente de Chernobyl. Os animais de fazenda foram os que mais sofreram com a situação. Só em 1990, foram registrados cerca de 400 animais deformados, sendo que a maioria viveu apenas algumas horas.

Dentre as principais mutações, podemos citar a má formação facial, tamanho reduzido, coloração diferente, órgãos extras ou ausentes e assim por diante. Ainda vale lembrar que o leite produzido pelas vacas era altamente radioativo.

Vida selvagem na zona de exclusão de Chernobyl

Nos primeiros 6 meses após o acidente, foi notória a queda na saúde e reprodução da fauna e flora nas proximidades. Após esse tempo, as plantas começaram a se recuperar, assim como os animais que vivem em grande parte da região. Para analisar como anda a situação, os cientistas colhem amostras do solo e de fezes.

A zona de exclusão de Chernobyl cobre uma grande região ao redor de onde aconteceu o acidente. É considerada como um “refúgio radioativo de vida selvagem”. Os animais costumam carregar grande índice de radioatividade, visto que consomem plantas radioativas. Dessa forma, são mantidos por ali para produzir menos filhotes.

No entanto, algumas populações ainda conseguem se desenvolver. Alguns animais que podem ser encontrados por lá são cavalos, alces, lobos, javalis, águias, lontras, entre outros. Por incrível que pareça, os níveis de radiação dentro da zona podem ser menores aos animais, do que aos humanos que permanecem fora dela.

No entanto, é importante ressaltar que os insetos são os mais prejudicados no local. Os invertebrados, incluindo abelhas, borboletas e aranhas estão desaparecendo. As principais suspeitas são de que se deve ao fato de botarem seus ovos na superfície do solo, região ainda muito afetada pela radiação. A água também não é pura.

Os sedimentos dos lagos estão cercados por radionuclídeos, fazendo com que não haja estabilidade genética entre os seres aquáticos. Dessa forma, os animais de Chernobyl vão seguindo em frente sem saber ao que exatamente estão expostos, apenas sobrevivendo.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias coma gente aí pelos comentários!

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