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7 motivos para assistir O Escolhido, o novo terror sobrenatural da Netflix

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Há algumas semanas a Fatos Nerd foi convidada pela Netflix para o evento de lançamento de sua nova produção nacional, a série de suspense O Escolhido. Na ocasião, além de um painel de imprensa, o primeiro episódio da série foi exibido. De modo geral, a produção aborda os conflitos existentes entre a fé e a medicina. Tudo com um clima de suspense que beira grandes produções de terror lá fora. Realmente, uma grata surpresa. Não por acaso, ao chegar ao fim, o episódio foi aplaudido (de pé) por alguns bons minutos.

Agora que a série já está disponível para todos, reuni sete pontos que mostram porque O Escolhido merece e deve ser assistido. Se é suspense o que você procura, aqui você irá encontrar. Vamos lá?

1 – A série já começa boa

O episódio que abre a produção já estabelece o clima da série. Ele não perde tempo com explicações e parte logo para o problema central da história. Três médicos são enviados para Aguazul, uma cidadezinha de difícil acesso nas entranhas do Pantanal, para vacinar a população contra o vírus da Zika. Parece fácil, mas as coisas começam a dar errado antes mesmo da chegada ao lugar.

Com a estrada bloqueada por um ônibus, os médicos tomam um barco. E a cidade não poderia ser mais misteriosa. A atmosfera de suspense aqui é avassaladora. Os moradores de Aguazul não têm interesse algum em estranhos vindos de fora. Muito menos de médicos. Em uma sequência espetacular, eles são expulsos, escorraçados dali.  E isso são apenas os primeiros vinte minutos…

2 – Clima de mistério

As perguntas se acumulam cena a cena. Tudo, desde o ônibus na estrada até a fria recepção dos moradores, deixa o espectador com a pulga atrás da orelha. Caso fosse uma série exibida semanalmente, certamente levaria o público a criar teorias e refazê-las a cada novo episódio. Nada é o que parece ser, e a figura do Escolhido é a mais misteriosa de todas. Quem é esse homem? Por que os moradores de Aguazul nunca ficam doentes? Tudo isso há de ser respondido…

Conversei com os roteiristas da série, os autores Raphael Draccon e Carolina Munhóz, e eles atribuíram a boa atmosfera de mistério à competente equipe da série, em especial o diretor Michel Tikhomiroff, o diretor de fotografia Hélcio Alemão e o diretor de arte Cassio Amarante. “Suspense é um gênero do qual os brasileiros são fãs, mas carentes de produções nacionais. Para funcionar, é preciso contar com uma equipe técnica competente. Todos eles são profissionais extremamente talentosos, com anos de experiência, e que montaram um time dos sonhos.”

3 – Ambientação competente

A ambientação da série, ainda de acordo com os roteiristas, sempre foi a mesma, da premissa à concepção: o Pantanal Mato-Grossense. “Nós não conseguíamos enxergar essa história em outro lugar do Brasil. Além do misticismo ao redor da região, ainda é um local tão bonito, imponente e pouco explorado no nosso audiovisual, que se tornava um casamento perfeito.”

Os cenários são, de fato, deslumbrantes. A cidade de Aguazul, entretanto, foi filmada um pouco mais ao norte, no estado do Tocantins. Uma cidadezinha centenária de dez mil habitantes, chamada Natividade, foi utilizada como locação para todas as cenas urbanas. Mais do que isso, ela se tornou parte fundamental da série, uma vez que mesmo os seus moradores foram utilizados como figurantes. Como a própria Natividade possui seus mistérios e segredos, a ambientação se tornou ainda mais competente e imersiva.

4 – Trama profunda

Antes de iniciar a produção, Draccon e Munhóz montaram uma verdadeira bíblia da série, mostrando sua visão a partir da premissa oferecida pela Netflix (a série é uma adaptação da mexicana Niño Santo). No documento, os autores descreveram tudo, desde como os personagens seriam de diferentes regiões do Brasil, até os rituais criados em cima de lendas, costumes e festas brasileiras. A Netflix amou o resultado, e o roteiro denso, profundo e misterioso foi escrito em cima desse riquíssimo material.

5 – Personagens complexos

O trio de protagonistas, interpretados por Paloma Bernardi, Pedro Caetano e Gutto Szuster, são competentes e possuem uma boa química em tela. No episódio exibido durante o evento, descobrimos mais sobre o passado de Lucia, a médica que lidera o grupo. O conflito entre fé e medicina, tão presente na premissa da série, também se reflete na história da personagem. De acordo com o que foi conversado na coletiva de imprensa, a série deve abordar o passado dos personagens por meio de flashbacks ao longo de toda a primeira temporada. E, pelo que foi apresentado no piloto, todos os três (além dos personagens principais de Aguazul) possuem boas e intrigantes histórias pregressas.

6 – Autores de fantasia

Raphael Draccon (Dragões de Éter) e Carolina Munhóz (O Inverno das Fadas) são conhecidos escritores de fantasia no cenário literário brasileiro. Essa experiência certamente contribuiu para a atmosfera mística da série, algo não muito comum na produção audiovisual brasileira. A figura do Escolhido, tão rodeada de mistérios e um suspense de tirar o fôlego, também lembra bastante personagens fantásticos, sejam eles líderes de culto, feiticeiros poderosos ou ambas as coisas. Tudo com um toque brasileiro que já estávamos sedentos para acompanhar.

7 – Pode criar uma tendência

Os autores veem com otimismo a ascensão do suspense em produções brasileiras. “Não vemos como uma tendência, mas um desejo”. De acordo com eles, assim como aconteceu na literatura, esse movimento é latente, embora as oportunidades ainda sejam escassas. “Seja orçamento ou retorno do público, existem muitas etapas que intimidam escritores e cineastas”.

Quando um novo livro ou série como O Escolhido é lançado, entretanto, o mercado aguarda pela reação do público. Caso a série seja um sucesso, isso abrirá espaço para mais investimentos na área. “Até um dia o mercado decidir que aquele gênero não é mais um risco, mas uma realidade, mesmo que nem todas as produções sejam um sucesso”.

A primeira temporada de O Escolhido já está disponível na Netflix.

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