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7 vezes que doenças inspiraram a moda

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Como qualquer outra expressão de arte, projetar itens de moda requer inspiração. Para buscar inspirações, não existem regras. Em suma, os grandes designers de moda, atualmente, buscam inspirações em diversos universos. Sejam em suas raízes, na música, ou natureza, para inspirar-se, esses profissionais, constantemente, estão pesquisando.

Por isso, na maioria das vezes, o desafio de criar uma necessidade ou desejo nos consumidores é superado com a definição de uma temática, que seja realmente interessante para o público-alvo. Além disso, mais do que escolher temas para coleções de moda, é importante determinar quais histórias as peças irão contar.

De fato, certas tendências da moda, ao longo da história, foram capazes de contar enredos realmente surpreendentes. Confira, agora, 7 momentos em que a moda se superou como um processo criativo.

1 – Quando a tuberculose influenciou a moda da era vitoriana

De acordo com registros históricos, na época da era vitoriana, os efeitos da tuberculose no corpo feminino eram considerados bonitos. Isso porque a tuberculose tornava as pessoas mais magras e mais pálidas. Em suma, a temida doença influenciou a criação de espartilhos e saias. Além disso, devido ao grande número de funerais ocasionados pela doença, o preto tornou-se particularmente popular.

2 – Quando a gripe espanhola inspirou a tendência do uso da máscara cirúrgica no Japão

Estima-se que a gripe espanhola tenha matado cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. No Japão, cerca de 470.000 pessoas morreram por causa da doença ou de causas relacionadas. Na época, as autoridades japonesas sugeriram que usar máscaras cirúrgicas seria uma opção para evitar o contágio. Nesse ínterim, começa no país a “cultura da máscara”. Moda ou não, atualmente, as máscaras descartáveis podem ser encontradas em diversos estabelecimentos. Em 2014, as máscaras geraram uma receita de 23,2 bilhões de ienes. Além disso, as máscaras não são apenas brancas. Existem máscaras de renda que disponíveis em diversas cores. Os homens, entretanto, preferem máscaras negras.

3 – Quando o Alzheimer inspirou uma coleção de moda

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, atualmente, 50 milhões de pessoas sofrem de Alzheimer em todo o mundo. Com dois membros da família que sofrem com tal enfermidade, a designer de moda, Nadia Pinkney, resolveu fazer um manifesto. A artista criou uma linha de moda inteira inspirada na cor vermelha, a qual indica, em exames, as áreas do cérebro que foram afetadas pela doença.

4 – Quando um vestido foi inspirado na esquizofrenia

No Reino Unido, estudantes da Winchester School of Art criaram roupas, inspiradas em várias doenças, incluindo a esquizofrenia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 23 milhões de pessoas, em todo o mundo, têm esquizofrenia. Com a doença, as pessoas, frequentemente, sofrem de alucinações visuais e auditivas. Instigada pela doença, após pesquisas, a estudante Nikki Day criou um vestido cheio de caráter. Na peça, o bordado representa como os neurônios se comportam, quando um esquizofrênico sofre alguma alucinação.

5 – Quando a varíola inspirou uma coleção de chapéus na França

No início do século XVIII, 400.000 europeus morreram por causa da varíola. A doença era comum em toda a Europa, exceto na França. Para comemorar, os chapeleiros de Paris criaram um toucado, chamado pouf a l’inoculation. Os toucados possuíam uma série de imagens simbólicas, que estavam vinculadas à doença. Alguns, por exemplo, possuíam até o famoso símbolo da medicina, representado por uma serpente. Rapidamente, o toucado foi adotado pela elite da moda.

6 – Quando vestidos foram inspirados em células cancerígenas

Inspirada em imagens microscópicas de células cancerígenas e sistemas celulares, Jacqueline Firkins, professora assistente do Departamento de Teatro e Cinema da Universidade de Colúmbia Britânica, criou uma coleção de vestidos de baile. Em alguns vestidos, as imagens microscópicas de células são retratadas por grandes pontos bordados, que se estendem ao longo da peça. Em outros, os babados são os responsáveis por representar as células cancerígenas.

7 – Quando uma designer e um cientista criaram um macacão anti-malária

Um cientista e uma estilista da África se uniram para criar uma roupa, capaz de repelir mosquitos infectados com malária. Anualmente, a doença mata cerca de 650 mil pessoas no continente. O protótipo foi projetado pelo queniano Frederick Ochanda, professor na Cornell University, e pode ser usado durante o dia, para proporcionar proteção extra. Além disso, não se dissipa facilmente da pele, como os repelentes. A capa foi desenhada pela estudante da Gâmbia, Matilda Ceesay, estudante da Cornell University. Para criar o protótipo, Ochanda recorreu à nanotecnologia.

Bônus – Quando criaram roupas para pessoas com necessidades especiais

Apesar de não ser uma doença e sim uma condição individual, as necessidades especiais também ganharam os holofotes da moda. Várias empresas, especializadas em criar roupas para pessoas com necessidades especiais, surgiram nos últimos anos. O intuito dessas empresas é atender às necessidades desse segmento que, muitas vezes, é negligenciado. Em suma, essas empresas estão fabricando roupas sem etiquetas ou costuras, jaquetas com aberturas laterais, jeans, que se ajustam às pernas protéticas, etc.

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