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A guerra mais longa da história durou 335 anos e não teve nenhum tiro

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O mundo já passou por momentos difíceis e mortais. A Peste Negra, por exemplo, resultou na morte de 75 a 200 milhões de pessoas. Além dessa pandemia, houve furacões, tsunamis e demais eventos naturais, que resultaram em várias mortes. No entanto, nada chama tanto a atenção e devasta, tanto quanto uma guerra. O nosso planeta sobreviveu a duas guerras mundiais, sendo elas conhecidas como Primeira e Segunda Guerra Mundial. Esses confrontos foram responsáveis por massacres de cidades inteiras e marcou a nossa história para sempre. No entanto, não foram só essas duas guerras, que aconteceram no mundo.

A Guerra do Vietnã, Guerra das Coreias e até mesmo a Guerra Fria também foram bastante impactantes. Cada uma com um tempo de duração diferente. Algumas duraram décadas, até que um acordo fosse selado. Enquanto isso, outras guerras acabavam antes mesmo de serem anunciadas ao mundo. E pensar sobre tempo, nos faz questionar: qual foi a guerra mais longa da história? Pensando nisso, resolvemos trazer essa matéria. Confira conosco, a guerra que durou 335 anos, mas com um detalhe a mais: nunca dispararam um tiro sequer.

A guerra mais longa da história

Em 1986, chegou ao fim, com a assinatura de um tratado de paz, a guerra dos 335 anos. Essa foi travada entre a Holanda e as Ilhas Scilly, que são pertencentes ao Reino Unido. Esse foi um dos confrontos internacionais mais longos e também o mais pacífico de toda a história. Não teve registro de uma única morte e nem mesmo de um único tiro. Parece mentira, mas essa guerra existiu, tanto sob o ponto de vista histórico, quanto legal, e só durou tanto tempo, pela ausência de um Tratado de Paz.

Esse conflito iniciou-se em 1651 e chegou à paz, de fato, em 1654. Envolvia então uma disputa entre a República dos Sete Países Baixos Unidos (Holanda) sobre um pequeno arquipélago, que pertencia ao Reino Unido. As origens dessa guerra ocorrem na Segunda Guerra Civil Inglesa, que ocorreu entre 1642 e 1652. O que foi travado entre os defensores da realeza e os parlamentaristas, tendo o apoio de Oliver Cromwell. Basicamente derrotados, os realistas tiveram que fugir para as ilhas Scilly, ao oeste da Cornualha.

Esse era um pequeno arquipélago, de 16 mil quilômetros quadrados, que ficava no extremo sul da ilha da Grã-Bretanha. Os holandeses davam apoio às forças de Cromwell, já que os britânicos os ajudaram, na independência contra a Espanha.

Situação dos realistas

Encurralados no lugar, os realistas realizavam atos de pirataria. Eles então atacavam navios da Marinha holandesa. Em março de 1651, o almirante Maarten Harpetszoon Tromp foi até o arquipélago pedir reparação. Como não conseguiu uma resposta satisfatória, a Holanda declarou guerra às ilhas. No entanto, em junho, antes mesmo de qualquer ataque holandês, as forças britânicas parlamentaristas forçaram a rendição total dos realistas. Por causa da peculiaridade de uma nação declarar guerra contra uma pequena parte de outra, a Holanda não declarou paz oficialmente. Sendo assim, as duas partes permaneceram oficialmente em guerra.

Já em 1985, um historiador e político, que representava as ilhas, Roy Duncan, escreveu para a Embaixada holandesa, em Londres. Ele questionava sobre o mito a respeito da guerra, entre as ilhas e a Holanda. Ele queria saber se era realmente verdade. Como a afirmação foi positiva, Duncan convidou o embaixador a visitar o arquipélago, assim, assinando um Tratado de Paz. Bem como, encerrando a mais longa guerra de todos os tempos.

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