Curiosidades

A incrível história do pênis de Napoleão Bonaparte

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Provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre Napoleão Bonaparte nas aulas de História. Ele foi um líder militar, político e também se autocoroou imperador da França. Foi nesse posto que conquistou um vasto território nos campos de batalha. Contudo, não são todas as pessoas que sabem sobre o pênis de Napoleão.

Parece curioso falar sobre o órgão genital de uma pessoa, mas o do imperador francês tem todo um motivo. O pênis foi guardado em uma caixinha de couro. Claro que ele já está deteriorado e ressecado pelo tempo, mesmo assim o pênis é guardado a sete chaves pela filha de um urologista americano.

O órgão de Napoleão mete 3,8 centímetros e é considerado uma relíquia. E com relação a essa curiosa peça, existem mais mistérios do que confirmações. Segundo Vítor Soares, autor de um artigo a respeito do tema e que tem o podcast História em Meia Hora, se tratando disso, “as coisas não são tão consensuais assim”.

“Embora por muito tempo as pessoas tivessem a certeza de que o pênis era dele, há a possibilidade de que não seja. Nunca foi comprovado que realmente seja”, ressaltou ele.

Esse é o mesmo pensamento de Victor Missiato, historiador e pesquisador integrante de grupo da Universidade Estadual Paulista e professor no Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré.

“É difícil comprovar que, de fato, esse pênis pertença a Napoleão Bonaparte, porque não há nenhum estudo relacionando o material genético desse pênis com o dos restos mortais de Napoleão, sepultado na França. Hoje em dia, com as tecnologias disponíveis, seria possível, valeria a pena”, argumentou.

“O que há é uma trajetória do órgão sexual atribuído ao estadista. É factível que seja dele porque já na época havia uma importância histórica, um significado acerca de Napoleão”, explicou Missiato.

Pênis de Napoleão

BBC

A trajetória do pênis de Napoleão foi amplamente recuperada pelo historiador e jornalista Tony Perrottet em seu livro “Napoleon’s Privates: 2500 Years of History Unzipped”. Ele fez  todo esse estudo partindo do que é comprovado. Ou seja, que quando Napoleão morreu, na Ilha de Santa Helena, no dia cinco de maio de 1821, ele foi submetido a uma autópsia.

E se a retirada do pênis realmente aconteceu, ela deve ter sido feita na frente de testemunhas. Segundo relatos, tinham 29 pessoas perto do corpo de Napoleão desde a morte até a preparação do sepultamento. Dentre elas, oito médicos, duas criadas, um padre e um serviçal.

Quem teria feito a amputação peniana teria sido o médico François Carlo Antommarchi. Algumas pessoas acreditam que ela tenha ocorrido por vingança porque o médico teria sido encarregado meio a contragosto de passar uma temporada na ilha para cuidar da saúde já debilitada de Napoleão.

Além disso, também é contado que o imperador francês costumava xingar e destratar o médico que, em várias ocasiões, chegou a receber cusparadas e xingamentos.

Caminho do pênis

BBC

De acordo com as pesquisas de Perrottet, Antommarchi teria vendido o pênis de Napoleão para o padre italiano Ange Paulo Vignali, que estava encarregado de dar a extrema-unção ao imperador. Então, o padre levou o órgão para Córsega, terra natal tanto do falecido como sua.

A partir de então, Soares diz que começam as discrepâncias. Isso porque algumas outras teorias acusam o próprio padre de ter subtraído o nobre membro, enquanto outras dizem que tudo teria sido combinado entre os médicos presentes. Até porque, a retirada e preservação de partes do corpo de personalidades não é algo incomum na história.

Em 1916, o antiquário britânico Maggs Bros comprou o pênis que estava guardado pela família do padre da Córsega. E nos 50 anos seguintes, o pênis atribuído ao ex-imperador francês se tornou objeto de curiosidade pelo mundo.

O órgão sexual iria mudar de mãos alguns anos depois. O colecionador e livreiro norte-americano Abraham Simon Wolf Rosenbach, conhecido como “o terror da sala de leilões”, arrematou um lote de artefatos em 1924, dentre eles o órgão de Napoleão.

Dessa forma, a peça é levada para os EUA e começa existir uma documentação para tentar comprovar a autenticidade. A própria empresa de Rosenbach publicou um catálogo nos anos 1920 enfatizando que “a notável relíquia foi recentemente confirmada pela publicação na Revue des Deux Mondes de trecho de memórias póstumas de St. Denis, na qual ele diz expressamente que ele e Vignali levaram pequenos pedaços do corpo de Napoleão durante o trabalho de autópsia”.

Foi Rosenbach quem guardou o pênis da maneira que ele se encontra hoje, em uma caixinha de couro de Marrocos azul, aveludada.

Contudo, Rosenbach vendeu a relíquia a um de seus melhores clientes, o bibliófilo Donald Frizell Hyde. Quando ele morreu, sua viúva devolveu o pênis a Rosenbach. Mas pouco tempo depois o artefato foi comprado pelo colecionador Bruce Gilmeson. Em 1972, ele tentou leiloar o membro na casa de leilões Christie’s, em Londres. Como o órgão não recebeu nem ao menos o lance mínimo ele voltou à coleção de Gilmeson.

Entretanto, depois de cinco anos, o urologista americano John Kingsley Lattimer, professor da Universidade de Colúmbia, estava com a posse do membro. Desde então, o pênis de Napoleão voltou a ganhar privacidade. Tanto que se calcula que somente menos de 10 pessoa o viram desde então.

Fonte: BBC

Imagens: BBC

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