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Tutora encontra cachorro que estava desaparecido há quase três anos

Thaís com o cachorro de estimação
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Após dois anos e oito meses de buscas, uma moradora de Montes Claros (Minas Gerais) reencontrou o cachorro de estimação por meio das redes sociais. 

O vira-lata Aron desapareceu em dezembro de 2019 depois de se soltar da coleira enquanto passeava com a tutora em um parque. Após isso, a auxiliar de docência, Thaís Pereira Soares, viveu dias angustiantes procurando o animal.

“Às vezes eu tinha dúvida se iria encontrá-lo, mas nunca passou pela minha cabeça desistir. Sempre mantive o mesmo número de telefone e minhas redes sociais, na expectativa de que alguém entraria em contato. Quando via divulgação de casos de maus-tratos eu chorava demais e isso me dava mais força para procurá-lo.”

De acordo com Thaís, o cachorro já tinha fugido de casa outras vezes e sempre retornava. Por isso, quando Aron desapareceu durante o passeio, ela chegou a pensar que o animal teria voltado para casa por outro caminho.

“Ele era muito fujão, mas sempre voltava. O máximo que já tinha ficado sumido foi um dia. Quando percebi que ele não voltava, eu desesperei. Inicialmente, eu procurei em todo o bairro, nos comércios, colei cartazes em postes.”

Com o objetivo de fazer com que o apelo chegasse a mais pessoas, Thaís criou uma página nas redes sociais chamada  “Procura-se Aron”, após um mês do desaparecimento, e chegou a oferecer uma recompensa de R$ 500.

“A partir da página, muitas pessoas entraram em contato indicando que tinha encontrado um cachorro perdido que poderia ser o Aron. Eu sempre ia, mas nunca era ele. Meu coração enchia de esperança e depois dava uma tristeza. Chegou um tempo que eu até me acostumei porque foram muitas vezes.”

Reencontro com o cachorro

Foto: Reprodução/ G1

No começo de agosto, depois de compartilhar na página sobre como foram os anos procurando o cachorro e afirmando que não desistiria de encontrá-lo enquanto houvesse esperança, Thaís foi surpreendida com a mensagem de uma seguidora.

“Ela me enviou uma publicação de um grupo de facebook de cachorro perdido dizendo que tinha um animal que parecia muito com ele e realmente era igualzinho. Eu entrei em contato com a pessoa que tinha feito a postagem e ela me levou até a casa de uma amiga dela, onde o Aron estava.”

A moradora tinha encontrado o cachorro perdido na porta da casa dela, no bairro Jardim Alvorada, dois dias antes. O animal estava bem cuidado  e usava uma coleira amarela. A suspeita era de que Aron estava com outra família e também tenha fugido da nova casa.

“De imediato, eu já reconheci ele, mas na hora, ele não teve a reação que eu esperava, não ficou eufórico. Por esse motivo, cheguei a ter um pouco de dúvida se era ele mesmo, levei para casa e depois, tive certeza. Ele tinha uma cicatriz na virilha e uma manchinha na pata que permanecem iguais. Uma dia após voltar para casa, ele já se comportava como antes e já está atendendo pelo nome.”

De acordo com Thaís, as brincadeiras, o carinho e os passeios também já foram retomados, mas com cuidado redobrado.

“Daqui para frente, eu vou valorizar ainda mais cada momento com ele. Curtir a companhia dele e tomar muito cuidado para não fugir (brinca). É um alívio muito grande saber que ele está bem. Além da falta que ele fazia que não dá para descrever, minha principal angústia era não saber se ele estava bem cuidado.”

Adoção de Aron

Foto: Arquivo Pessoal/ G1

Thaís contou que Aron foi abandonado dentro de uma lixeira da sua casa ainda filhote em 2017. A jovem mora com os pais, que não a deixavam ter um animal de estimação, mas com o cachorro foi diferente.

“Ele chegou aqui doente com parvovirose. Como já sabia que os meus pais não permitiam, falei com eles que ficaria somente durante 10 dias até que ele melhorasse e depois procuraria alguém para adoção. Passado esse período, meu pai disse que eu poderia ficar desde que eu me responsabilizasse por cuidar. Na hora, foi uma surpresa muito grande.”

Ainda de acordo com ela, o motivo para a família mudar de ideia foi o comportamento do animal. Aron era tranquilo e carinhoso.

“Pelo fato de ter sido abandonado, ficou carente. É muito carinhoso também e meu pai se apegou. Esse era o meu sonho de infância, já chorei muito querendo ter um cachorro. Eu escolhi o nome para ele e desde que ele chegou aqui, somos muito apegados. Ele é como se fosse um filho para mim.”

Fonte: G1

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