De acordo com análises da água encontrada em Vesta, um mini-planeta que fica no cinturão de asteroides entre Júpiter e Marte com presença de isótopos de hidrogênio que coincidem com os de meteoritos encontrados na Terra, o que traça origens semelhantes entre o distante planetoide e a água presente em nosso planeta.
Essa descoberta é essencial por dar abertura para uma nova noção, a de que a água estaria presente em planetas como a Terra na verdade praticamente desde sua formação. Isso porque o hidrogênio encontrado revela datas antiquíssimas, apenas 14 milhões de anos depois da formação do próprio sistema solar, muito mais tempo do que se imaginava existir vida ou circunstâncias que a possibilitassem nos planetas.
“Todos os planetas podem ter conseguido sua água muito cedo, o que significa que os planetas podem ter sido habitáveis imediatamente após sua formação. Eles não ficaram lá, apenas sentados e olhando seu relógio, esperando que algo acontecesse”, explicam os cientistas envolvidos.
Anteriormente, acreditava-se que a água tinha chegado ao nosso planeta quando o sistema solar já tinha 150 milhões de anos de idade, ou seja, de 14 para 150, há uma mudança gigante e que deixa um intervalo de tempo para a criação da vida muito maior.
Por isso, os meteoritos de Vesta – também chamados de “eukrites” – passam a ser nossa referência mais antiga de água em nosso sistema, reformulando as teorias sobre a criação de aminoácidos essenciais, enzimas e proteínas, que agora “ganharam” 135 milhões de anos a mais para se desenvolverem – um processo muito mais longo e complexo do que imaginávamos até então.
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