Compartilhando coisa boa

Alunos de medicina fazem trote do bem com crianças do câncer

0

A medicina é uma profissão que exige muita destreza de seus profissionais. Quando uma pessoa escolhe fazer medicina, precisa estar ciente dos desafios que irá enfrentar pelo resto de sua vida: desde a primeira prova da faculdade até a primeira cirurgia depois de formado. Não é à toa que o curso de medicina é o mais demorado das universidades brasileiras: 6 anos de graduação. Se a pessoa quiser fazer uma especialização para focar sua carreira, mais dois anos são necessários. Ao todo, só a preparação pode chegar a oito anos.

Mas nada disso vai funcionar, se o médico não tiver o princípio básico: humanidade. É necessário empatia e sensibilidade para lidar com outro ser humano que está passando por problemas de saúde. Muito mais do que o tratamento e a cura, um médico também precisa dar amparo. Tendo tudo isso em mente, a maneira que se começa esse caminho pode fazer toda a diferença. A Associação Atlética Acadêmica Gaúchos de Passo Fundo (AAAGPF), em parceria com o Centro Oncológico Infantojuvenil do HSVP, do Rio Grande do Sul, perceberam isso, e fizeram uma antiga tradição de calouros, o trote, mas de uma forma diferente.

Trote contra o câncer

Há poucos dias aconteceu a terceira edição do “Trote do bem”, que reuniu calouros do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A intenção desse evento é promover um primeiro contato desses novos alunos com o ambiente hospitalar. Em fevereiro, os alunos foram recepcionados por dezenas de crianças e jovens em tratamento contra o câncer, que aceitaram a proposta da Atlética de rasparem o cabelo dos calouros.

Um símbolo marcante do trote é raspar a cabeça, e o fato de crianças com câncer (também com cabelo raspado) fazerem isso nos calouros é muito forte, e bonito. Essas crianças em tratamento oncológico, que tiveram que raspar a cabeça, fazem o mesmo nos calouros mostrando-os a responsabilidade que terão nas mãos.

O trote costuma ser um verdadeiro “rito de passagem” na vida de uma pessoa, porém, às vezes ele passa dos limites e deixa de ser divertido para ser trágico ou abusivo. Esse não é o caso aqui, onde nenhum aluno foi forçado a participar e todos que compareceram foram por livre e espontânea vontade.

João, Stéfani e André

João, Stéfani e André foram os três jovens responsáveis por raspar as cabeças dos calouros. Apesar de um início tímido, logo eles pegaram o jeito e se soltaram. “Gostei de cortar o cabelo deles. Foi bem legal”, disse André. Stéfani ajudou aquelas calouras que queriam doar as mechas de cabelo. Dezenas de mechas de 15 centímetros ou mais foram coletadas e doadas para outras crianças.

Essa raspagem de cabelo é a primeira experiência profissional desses calouros. “Esse trote, que já uma tradição, é muito legal porque todos saem ganhando. É a primeira experiência no ambiente hospitalar, a felicidade por conseguir entrar no curso e o principal, proporcionar um momento de alegria e descontração para as crianças”, afirmou Isabelle Ranzolin, coordenadora de eventos da Atlética de Medicina da UPF.

E aí, o que você achou dessa iniciativa? Comenta aqui com a gente e compartilha nas suas redes socais. Para você que achou emocionante, aquele abraço.

10 filmes de zumbis que você precisa ver se já cansou de The Walking Dead

Artigo anterior

Cartas revelam o visual de praticamente todos os Pokémon de Detetive Pikachu

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido