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Apresentador Jô Soares morre em São Paulo aos 84 anos

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O apresentador, humorista, ator e escritor Jô Soares faleceu às 2h30 desta sexta-feira (05/08), aos 84 anos. O apresentador do “Programa do Jô”, transmitido na TV Globo de 2000 a 2016, estava internado desde 28 de julho no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A causa da morte não foi divulgada. O enterro e o velório serão reservados à família e aos amigos. A data e o local não foram informados.

A morte foi informada por Flávia Pedra, ex-mulher de Jô, e confirmada em nota pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês.

“Você é orgulho para todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo”, escreveu Flávia em um post no Instagram.

Relembre a história de Jô Soares

Foto: TV Globo/Zé Paulo Cardeal

Jô Soares nasceu no Rio de Janeiro, em janeiro de 1938, filho de Orlando Soares e Mercedes Leal Soares. O casal já havia desistido de ter filhos quando a mãe de Jô, com mais de 40 anos, descobriu que estava grávida em estágio avançado da gravidez, depois de sentir dores enquanto cavalgava.

Ainda na adolescência, ele se mudou para a Europa. Entre 1951 e 1956, estudou na Suíça, onde ganhou o apelido de Joe e pensava em ser diplomata naquela época. No entanto, o seu amor pelo teatro o levou à carreira artística quando ele precisou voltar ao Brasil, em meados dos anos 1950, por causa dos problemas financeiros que seu pai, um empresário paraibano, enfrentava.

Mesmo sendo apaixonado pelo cinema e pelo teatro, seria um instrumento musical, o bongô, que abriria as portas de Jô Soares para o mundo artístico.

“O Rio se aproximava de seu ano dourado, 1958, e eu estava por ali, gordíssimo de tantas possibilidades mas sem nada concreto ainda para fazer. Eu me divertia divertindo os outros, mas dinheiro que é bom, nada. Mesmo assim, havia muitas promessas de luz e, sempre que podia, eu dava um jeitinho de dar uma canja com o meu instrumento”, conta Jô em sua autobiografia.

Naquela época, o apresentador começava a ganhar fama com suas apresentações e os apelidos Joe Bongô ou Joe Soares. Já a sua primeira aparição “digna de nota” como ator, de acordo com o próprio Jô em sua autobiografia, foi no filme “O Homem do Sputnik”, longa de 1959 dirigido por Carlos Manga, em que deu vida a um espião americano no Brasil.

Carreira

Foto: Divulgação/ Rede Globo

Ao longo de sua carreira na TV, Jô Soares passou pelas emissoras Continental, Tupi, Rio, Excelsior, Record, SBT e Globo

Entre os principais programas estão Família Trapo (escrito por Jô e Carlos Alberto de Nóbrega), Viva o Gordo, Planeta dos Homens, Jô Soares Onze e Meia e Programa do Jô.

Jô Soares se destacou a partir dos anos 1980 como um dos principais entrevistadores do país através das atrações televisivas inspiradas nos formatos talk show e late show. Na autobiografia ele descreve a modalidade como “programa do final da noite na TV, com humor, música, entrevistas e, muito importante, plateia”.

“Não foi uma mudança radical, mas uma continuação do meu trabalho de humor e também de jornalismo. Trabalhei no jornal Última Hora durante quatro anos, escrevi na Folha de S. Paulo e na revista Veja. E tem um lado de entrevista irreverente que só eu posso fazer, com os políticos”, disse Jô em entrevista ao portal Memória Globo.

Em sua carreira como escritor, Jô escreveu obras bem-humoradas de ficção que misturavam fatos históricos. Entre os trabalhos estão: “Matou Getúlio Vargas”, “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” e “O Xangô de Baker Street”.

Fonte: BBC

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