Ciência e Tecnologia

Assim é o buraco negro fotografado pela NASA em 3D

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No início de 2019, acompanhamos de perto a primeira foto já feita de um buraco negro. Tal advento, para muitos, foi considerado histórico. Bom, considerado até recentemente, claro. Por quê? Em suma, os astrônomos da NASA revelaram a primeira simulação já criada sobre o fenômeno. Nela, que por sinal parece um gif, é possível observar como a força gravitacional atua nos arredores do evento.

Divulgada pela agência espacial, a simulação retrata como a matéria se acumula ao redor do buraco negro. Após ser atraída, a matéria fixa-se em uma estrutura fina e quente, conhecida como disco de acúmulo. Por serem considerados corpos extremamente densos, os buracos negros “sugam” tudo o que o cerca.

Em suma, esses fenômenos têm o poder de distorcer até mesmo a luz, o que produz essa aparência deformada presente na simulação.

A simulação

Basicamente, o modelo foi desenvolvido por um programa de computador do Goddard Space Flight Center. Em suma, a simulação oferece um olhar sobre diversos detalhes. O grosso anel de gás e luz deformados, pelo intenso campo gravitacional do buraco negro é o grande protagonista.

É por esse meio, que se torna possível observar como as flutuações magnéticas criam anéis mais escuros ou mais claros. Além disso, é possível ver também como a velocidade muda, quanto mais distantes estão do centro.

Outro fator importante, que a simulação explica, envolve o disco de matéria. O disco de matéria é o que forma um anel, cruzando o buraco negro. Esse disco, na verdade, é um exemplo de como a gravidade do buraco negro distorce o que vemos. A situação em si ocorre por causa da atração, na qual o ângulo, por onde você encara o fenômeno, altera o que você vê.

Já o filete iluminado, próximo ao centro, é luz próxima do horizonte dos eventos. Como dissemos, nenhuma matéria, nem mesmo a luz, é capaz de escapar do entorno do buraco negro.

Vale ressaltar que a simulação do fenômeno é baseada em um buraco negro que, supostamente, estaria próximo de nós. Bom, próximo, de acordo com os cálculos dos especialistas. No caso da simulação, esse buraco negro estaria localizado no centro da galáxia Messier 87. Ou seja, há 55 milhões de anos-luz da Terra.

Os buracos negros

Como já sabemos, buracos negros estão no topo da lista das coisa mais bizarras do Universo. Em suma, isso ocorre porque tais fenômenos representam uma fronteira, estabelecida pelo limite das leis da física. É por esse motivo que a nova simulação, produzida pela Nasa, é considerada um grande avanço para o setor. Nela, é possível entender um pouco melhor a dinâmica alucinante, no ambiente que circunda esses gigantes.

De acordo com especialistas, tais fenômenos são considerados verdadeiros caleidoscópios cósmicos. A gravidade de um buraco negro, por atrair grandes quantidades de gás e poeira para sua órbita, cria uma estrutura aquecida e acelerada por intensos campos magnéticos, que emitem um forte brilho.

Sem ele, seria impossível discernir os contornos do horizonte de eventos — o ponto sem retorno, a partir do qual a atração do buraco negro, sobre um objeto, se torna inescapável. Para compreender porque o disco de acreação, de um buraco negro, tem a aparência que tem, é preciso também lembrar dos ensinamentos de Einstein.

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