Ciência e Tecnologia

Asteroide ”assassino de cidades” passou raspando pela Terra

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Astrônomos já disseram que, embora seja uma ameaça real, as chances de um asteroide atingir a Terra são mínimas. Felizmente. Porém, na última quarta-feira (24/07), o nosso planeta quase foi atingindo por um deles. E quando dizemos quase, estamos dizendo que foi por bem pouco mesmo. E o pior de tudo, os cientistas nem perceberam a ameaça do asteroide com a devida antecedência para que pudessem, em caso de necessidade, tomar providências e cuidados.

O asteroide, conhecido como “assassino de cidades”, não é chamado assim por acaso. Batizado de 2019 OK, o asteroide é um pedaço de rocha espacial de dimensões gigantescas. O asteroide passou a cerca de 73 mil quilômetros do nosso planeta, uma distância relativamente pequena. Isso é equivalente a 1/5 de distância entre a Terra e a Lua, aproximadamente 384 mil quilômetros. Se for colocar isso em uma escala astronômica, isso seria considerado o chamado “por um triz”. Algo que nos deixou realmente em perigo.

O mais preocupante, nesse caso, nem foi a proximidade com o que asteroide passou do planeta, mas o fato de que ele só foi detectado pouco antes da aproximação. Caso ele atingisse o planeta, seríamos todos pegos de surpresa.

O asteroide

O asteroide 2019 OK viajava a 24 quilômetros por segundo e só foi visto pelo observatório brasileiro SONEAR com alguns dias de antecedência em relação à sua passagem. O asteroide passou a cerca de 73 mil quilômetros de distância da Terra. Isso é bem mais próximo do que a Lua está de nós. Algo que torna a situação preocupante, mais ainda pelo fato de o objeto não ter sido detectado com mais antecedência. “Ele se aproximou de nós muito rápido”, disse o cientista Michael Brown, da Universidade Monash ao jornal The Washington Post.

O jornal publicou também uma matéria, contendo informações e dados da própria agência espacial americana. De acordo com o jornal, o asteroide 2019 Ok tem dimensões estimadas entre 57 e 130 metros de largura e não estava no radar dos astrônomos. Segundo eles, o objeto apareceu “do nada”. Eles admitiram que não faziam ideia de que o passageiro gigante estava a caminho da Terra.

Os astrônomos disseram que o 2019 OK não representa uma ameaça imediata para nós. Mas Alan Duffy, cientista da Royal Institution of Australia, declarou ao jornal que a distância do asteroide, em relação ao nosso planeta, é “próxima de uma forma não confortável”.

Aproximação surpresa

Duffy afirma que o atraso na detecção do asteroide 2019 Ok aconteceu por causa do seu tamanho. Além disso, a órbita, em forma de eclipse e a velocidade do asteroide, também dificultaram a sua identificação. Os pesquisadores afirmam que o tempo gasto pelo 2019 Ok, para chegar até perto da Terra, não foi longo o suficiente para se observar a sua aproximação. “Nada deste tamanho é fácil de detectar. Outro ponto é que ele estava sob a luz solar refletida, e mesmo estando muito perto, era pouco visível”, disse Duffy.

A última vez em que um asteroide, de proporções parecidas ao 2019 OK, chegou perto de atingir a Terra, foi há mais de um século atrás, em 1908. O Tunguska criou uma explosão gigantesca, que se espalhou por mais de 2 mil quilômetros pela região de florestas na Sibéria.

Agências espaciais de todo o mundo monitoram o céu o tempo todo. Essa é uma medida para rastrear e detectar asteroides e outros objetos considerados ameaçadores ao nosso planeta. Embora, alguns deles, como o 2019 OK, sejam difíceis de detectar com antecedência, isso não é motivo para se preocupar. Os cientistas afirmam que o risco de um asteroide ou meteoro potencialmente perigoso atingir o planeta é muito baixo.

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