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Astrônomos veem a maior explosão do universo depois do Big Bang

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Desde crianças, aprendemos que o universo surgiu a partir de uma grande explosão, conhecida como o Big Bang. A teoria amplamente aceita nas últimas décadas, é uma das explicações mais difundidas para explicar onde tudo começou.

A teoria do Big Bang foi criada no ano de 1931. A ciência explica que essa explosão ocorreu há cerca de 13,7 bilhões de anos. Anteriormente ao Big Bang, não havia nada para a história chamar de “antes”. Nem passado, presente ou futuro existiam. E até o universo era a parte interna do Big Bang, não havendo nada fora dele.

Segundo teorias, o que existia antes do Big Bang eram os buracos negros. Que são espécies de ralos cósmicos que tem a capacidade de sugar tudo o que aparece em sua frente. Isso porque eles são pontos cuja força gravitacional é de grandeza infinita.

Depois do Big Bang a maior explosão do universo fica localizada no aglomerado de galáxias Ophiuchus que fica a milhões de anos-luz de distância de nós. Essa explosão liberou cinco vezes mais energia, do que a última explosão que era a recordista.

De acordo com Simona Giacintucci, que é a pesquisadora principal do trabalho, ela tentou comparar o tamanho dessa explosão com outra. Ela comparou com a erupção do vulcão St. Helens, em 1980.  Essa erupção deixou o cume da montanha em pó.

“A diferença é que você poderia colocar 15 Vias Lácteas enfileiradas na cratera, que esta erupção arrancou do aglomerado de galáxias”, compara.

Explosão

A explosão aconteceu em um período de milhões de anos e em câmera lenta. O rombo gigante já tinha sido observado anteriormente com o uso de telescópios de raio-X.

A primeira reação dos cientistas quando eles o identificaram, por ser tão grande, foi excluir a hipótese de que ele tinha surgido a partir de uma explosão.

“As pessoas estavam céticas por causa do tamanho da explosão. Mas era isso mesmo. O universo é um lugar esquisito”, explicou Simona.

A comprovação de que uma explosão tinha sido responsável pelo buraco só foi feita quando os pesquisadores observaram a galáxia de Ophiuchus com o telescópio de rádio.

Essa descoberta foi feita usando quatro telescópios. O Observatório de raios-x Chandra da NASA, o XMM-Newton da Agência Espacial Europeia, o Murchison Widefield Array (MWA), na Austrália, e o Telescópio de Rádio Gigante Metrewave, na Índia.

Comparação

Segundo a comparação, feita por Melanie Johnston-Hollit, diretora do MWA, essa descoberta foi como quando os humanos encontraram os primeiros ossos de dinossauro.

“É um pouco como arqueologia. Nós recebemos as ferramentas para cavar mais a fundo, com telescópios de baixa frequência. Para que pudéssemos encontrar mais explosões como esta”, disse ela.

Esse trabalho, segundo ela, mostra a importância que estudar o universo, com diferentes comprimentos de onda, tem.“Voltar lá e fazer um estudo com vários comprimentos de ondas realmente fez a diferença aqui”, ressalta.

Essa descoberta foi feita com 2048 antenas do MWA. Agora, o próximo passo é repetir essa observação, mas usando 4096 antenas. Isso representará um aumento dez vezes maior na sensibilidade da captação de informações.

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