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Conheça a história do serial killer que nunca matou uma só vítima

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Filmes de terror e mesmo histórias da vida real que envolvem serial killers estão cheios de vítimas mortas injustamente, normalmente com o mesmo padrão físico ou uma certa faixa etária. Acontece que esse caso que você vai conhecer hoje é mais surpreendente que quaisquer outros relatos nesse sentido que as pessoas já tenham contado por aí. Isso porque esse matador em série, na verdade, nunca matou ou feriu ninguém.

Pois é, Sture Bergwall ou Thomas Quick – como gostava de ser chamado – se trata de um sueco nada normal que foi condenado por 8 assassinatos e chegou a se responsabilizar por outras 30 mortes. Por tudo isso e muito mais outros detalhes que você vai conferir ao longo da matéria, ele se tornou o serial killer mais conhecido de seu país e chegou a ser internado, à força, em um hospital psiquiátrico em 1991.

Mas, se ele foi o autor de tantos crimes, não deveria ir para a cadeia? Se você também pensa assim não está completamente errado, pelo menos se o tal homem fosse realmente culpado de todas as histórias horrorosas e minuciosamente detalhadas que ele contou. Acontece, no entanto, que embora transmitisse uma imagem transtornada e fria, Thomas Quick não havia feito nada.

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A polícia sueca só descobriu isso depois de muito trabalho. Como os relatos feitos pelo suposto serial killer eram muito vívidos e possíveis de serem reais, eles seguiram a pista do homem, mas nenhuma das valas indicadas por ele escondia corpos de vítimas ou algo que o incriminasse. Exames, inclusive, chegaram a ser feitos nos vestígios de sêmen contados nos corpos de algumas vítimas que Thomas jurava ter estuprado, mas nenhum denunciou seu DNA.

A próxima pergunta que você deve estar se fazendo é: então, como é que esse cara enganou as autoridades e peritos no assunto tão bem? Isso acontecia porque Thomas Quick, em seu longo período de internação no hospital psiquiátrico, passava horas intermináveis na biblioteca, onde fazia pesquisas aprofundadas sobre serial killers e estudava a respeito de crimes hediondos que haviam acontecido na região e que nunca foram solucionados.

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Mas a “máscara” do então criminoso começou a cair quando a polícia passou a identificar em seus relatos alguns “buracos”. Isso porque, como toda grande mentira, as histórias que o sueco contava com falhas relevantes. Uma vez, por exemplo, ele descreveu uma de suas vítimas imaginárias como sendo loira, enquanto a menina que havia morrido, na realidade, era morena.

Médicos e psicólogos então passaram a analisar a vida de Thomas Quick com cuidado e perceberam que o cara só queria mesmo chamar atenção. Conforme descobriram, na infância – quando ainda era chamado de Sture Bergwall -, ele havia crescido em um ambiente familiar hostil, cheio de regras e punições memoráveis. Além disso, Bergwall era gay e nunca pôde contar isso a sua família ou teria ainda mais problemas.




Mas foi na adolescência as coisas começaram mesmo a “desandar”. Bergwall, nessa época, passou a usar anfetaminas e a se envolver em  crimes, chegando a ser acusado de abuso sexual e de assaltos. Houve até uma história em que ele havia invadido um banco, armado e completamente vestido de Papai Noel! (Clique para ler ainda: 5 serial killers que nunca pagaram por seus crimes).

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Entretanto, toda a criatividade do sueco veio à tona mesmo durante sua reclusão, quando planejava maneiras chocantes de chamar atenção com seus crimes de mentira. E o pior de tudo é que ele realmente conseguiu o que queria, tendo não somente os médicos por perto, como toda a imprensa sueca.

Depois de muito debate, a polícia e os especialistas que tratavam Bergwall resolveram suspender a pilha de medicamentos (extremamente fortes) que ele tomava diariamente. O resultado, quase instantâneo, foi que o falso serial killer parou de fantasiar e abandonou de vez se codinome “Thomas Quick”.

O caso do maluco se tornou tão popular que um cineasta da Suécia, chamado Hannes Rastam, chegou a se interessar pela história e graças às pesquisas que ele fez foi provado Bergwall não era culpado de nenhum dos crimes. Em março de 2014, então, Bergwall recebeu alta do hospital psiquiátrico, onde viveu durante 23 anos.

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Dá para acreditar em uma história assim!?

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