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Calor: quais são os efeitos das altas temperaturas no corpo humano?

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. Isso pode ser visto com a forte onda de calor que atingiu várias regiões do mundo nesse ano. Nosso país sofreu um bloqueio atmosférico com a chegada do El Niño. E com uma nova onda de calor em curso é normal que as pessoas comecem  a se perguntar quais são os efeitos disso no organismo.

Quando o calor representa um perigo para a saúde? Essa é uma preocupação extremamente válida porque o calor pode sim matar de várias formas diferentes. Na maior parte dos casos, essas mortes são por conta da umidade e hidratação, ou a falta dela.

O que muitos podem não saber é que os perigos causados por ele podem acontecer tanto no tempo seco como no úmido, o que difere são as consequências para o corpo. Por isso que o importante é que os cuidados básicos sejam mantidos, como por exemplo, hidratação e ficar longe do sol quando as temperaturas estiverem altas, principalmente crianças, idosos ou pessoas com doenças crônicas.

Calor e os perigos para o corpo

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Como os humanos são mamíferos, somos animais de sangue quente. Além disso, temos um mecanismo interno de regulação de calor, onde o corpo tende a fazer de tudo para manter uma média de temperatura aproximada de 36,5°C. Quando a pessoa é exposta a uma grande quantidade de calor, medidas são tomadas para resfriar o corpo, sendo a mais comum o suor.

Desidratação

Quando a pessoa sua é óbvio que ela está perdendo líquido. Então, se a água que foi perdida nesse processo não for reposta a pessoa pode ficar desidratada. Isso, dentre outras consequências, faz com que o volume de sangue circulando diminua e isso interfere na pressão arterial. Além disso, o sangue também fica mais espesso e todos esses fatores aumentam as chances de ele coagular.

Problemas cardiovasculares

Para tentar dissipar o calor, o coração bombeia mais rápido. Justamente por isso que as pessoas que tem problemas cardíacos quando acontece um aumento grande de temperatura tem mais chances de ter infarto, arritmia, AVC e entupir veias.

Distúrbios nervosos e musculares

O suor em excesso também desbalanceia a quantidade de eletrólitos nos fluidos corporais, isso pode ter efeito nas funções musculares e nervosas. Nos casos mais graves, as consequências são convulsões, espasmos cardíacos e dificuldades para respirar.

Hipertermia e falência dos órgãos

Se a pessoa chegar no ponto de uma desidratação severa, o corpo começa a guardar o resto de água e diminui o suor. Quando o suor para, ou o clima está muito quente e úmido para que ele funcione, a temperatura do corpo aumenta. Se ela chegar nos 42°C, começa a desnaturação das proteínas, o que leva a falência dos órgãos e prejudica as células nervosas podendo levar a morte.

Morte

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Logicamente a pior causa que o aumento de temperatura pode trazer é a morte. E os números assustam. De acordo com um levantamento feito pela revista Nature, em 2022, as temperaturas altas foram a causa de 6% das mortes na América Latina.

Esse estudo foi feito analisando mais de 15 milhões de óbitos. Como conclusão foi visto que as temperaturas extremas estavam relacionadas com as mortes de pessoas com  doenças cardiovasculares e respiratórias, principalmente crianças e idosos.

E como a morte por calor acontece? Esse processo de degradação do estado de saúde provocado pelo calor é chamado hipertermia. Ela é quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal e gera desequilíbrios graves. “O organismo começa a ‘cozinhar’ por dentro, desequilibrando todo o metabolismo”, explicou Carlos Machado, clínico geral especialista em medicina preventiva.

Esse “cozimento” por dentro é, na realidade, o processo que começa com a alteração das proteínas que estão presentes no sangue e termina com complicações nos órgãos vitais.

No caso do processo de hipertermia, existem três tipos diferentes. A clássica, que está relacionada à exposição excessiva ao calor e ao sol; a de esforço físico, que acontece quando a pessoa faz alguma atividade e o corpo não consegue voltar para sua temperatura normal; e a maligna, que resulta do uso de determinados medicamentos, como analgésicos. Ela normalmente acontece com pessoas de lugares que têm um clima ameno, mas que às vezes passam por ondas de calor.

Assim como qualquer outra doença, a hipertermia também tem seus sintomas. São eles: transpiração excessiva, dores de cabeça, tontura, fraqueza, cãibras, alucinações, convulsões, pressão arterial baixa, respiração curta e acelerada, desmaios, náuseas e vômitos.

Fonte: Canaltech, G1

Imagens: Canaltech

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