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Capitão América já foi um quadrinho de terror

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Para os leitores dos quadrinhos de Capitão América, um dos maiores horrores lidos recentemente foi a série Império Secreto. Descobrir que Steve Rogers, na verdade, sempre foi um agente da Hydra infiltrado nos Vingadores foi sofrido. A notícia pegou várias pessoas de surpresa e algumas até queimaram a coleção do personagem. Mas claro, no final das contas tudo não passou de um mal entendido. Choques à parte, o que talvez muitas pessoas não saibam é que Capitão América já foi um quadrinho de terror de verdade.

Um dos maiores heróis da Marvel Comics se aventurou pelo território do horror no final dos anos 1940 e início dos 1950. Para entender como o Sentinela da Liberdade acabou nesse meio, é preciso voltar alguns anos em sua criação. Vamos a uma rápida recapitulação histórica. Martin Goodman, dono da Timely Comics, que mais tarde se tornaria a Marvel Comics – era editor de pequenas histórias de horror. Contudo, para aproveitar a era de ouro dos super-heróis, ele resolveu entrar para o mercado dos quadrinhos em 1939, impulsionado pelo sucesso do Superman.

Na época, era comum fechar contratos com artistas para determinada quantidade de histórias. Por exemplo, roteirista e ilustrador criavam um personagem e toda sua aventura e vendiam para os donos das editoras. A encomenda era feita por pacotes. Naquela época, os quadrinhos eram publicados com 68 páginas e faziam muito sucesso. Joe Simon trabalhava para Goodman em 1940, e convidou um artista com o qual havia trabalhado antes, um tal de Jack Kirby.

Ascensão e queda

Como bem se sabe, Jack Kirby e Joe Simon criaram Capitão América no final de 1940. Entretanto, eles abandonaram o personagem tempos depois porque Martin Goodman não havia pagado os royalties como havia prometido. Steve Rogers fez sucesso quando apareceu pela primeira vez. Mas à medida que os anos passavam, os super-heróis ficaram menos populares. Por consequência, as vendas dos títulos eram cada vez menores. Naquele tempo, não existia a ideia de reboot. Não era costume as editoras reinicializarem a história de seus personagens como hoje.

Dessa forma, algo precisava ser feito para aumentar as vendas. Após o término da Segunda Guerra Mundial, as histórias de terror ficaram bastante populares. Como Goodman havia saído desse ramo, ele achou que seria uma boa ideia lançar os quadrinhos do Capitão América na forma de contos de horror. E assim o fez!

Capitão América, um quadrinho trevoroso

Como dito, os editores não acreditavam em reinicialização, mas algo precisava ser feito. A partir de 1949, as revistas do Capitão América começaram a passar por mudanças significativas. O tom das histórias mudava aos poucos e, de repente, o nome do herói não era mais o destaque nas capas. Assumindo de vez as histórias de terror, os quadrinhos estampavam: Captain America’s Weird Tales (Capitão América: Contos Estranhos).

No começo, o herói ainda aparecia nas histórias. Claramente deslocado, pouco tempo depois, ele sumiu de vez. Capitão América deixou de aparecer em sua própria revista, a qual passou a publicar contos antológicos de terror envolvendo outros personagens. A estratégia rendeu algumas edições, mas eventualmente foi cancelada. Em seguida, Capitão América voltou a lutar contra comunistas, histórias que renderam apenas três volumes. Steve Rogers voltaria a brilhar apenas anos mais tarde.

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