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Ciência explicou por que levar ”ghosting” dói tanto

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A forma de se relacionar com alguém nos dias atuais é completamente diferente da que se via no passado. Além das redes sociais e aplicativos de relacionamento que ajudam as pessoas a se conhecerem, algumas “tendências” surgem nas relações modernas. Nem sempre todas elas são boas, como é o caso do ghosting.

Normalmente, as pessoas conhecem as outras através do Tinder, Facebook, Instagram, ou mesmo pessoalmente, e então começam a se interessar umas pelas outras. Depois de um tempo de conversa, as pessoas marcam de se encontrar. Até então tudo está indo bem. Contudo, depois de alguns encontros o crush para de responder as mensagens sem nenhum aviso.

De repente, esses dias sem responder viram semanas e depois meses. É nesse momento que a pessoa percebe que o romance que parecia estar dando certo acabou e que ela levou o famoso ghosting.

Ghosting

BBC

O termo ghosting é derivado da palavra inglês “ghost”, que significa fantasma. Esse termo é usado para descrever o ato de alguém ignorar ou então desaparecer da vida de outra pessoa sem dar explicações.

Esse termo se popularizou em 2015, quando a atriz Charlize Theron terminou seu relacionamento dando ghosting no noivo Sean Penn. Ela não respondia às mensagens dele e ignorava suas ligações e e-mails.

Na época, o ghosting não era tão popular e não eram muitas pessoas que o praticavam ou que sofriam dele. No entanto, essa prática ficou mais popular com a chegada dos aplicativos de relacionamento, como o Tinder. Tanto que, nos últimos anos, algumas pesquisas focaram em entender o motivo do sumiço repentino doer mais do que levar um fora de fato.

Segundo um estudo de 2018, feito com 700 norte-americanos, foi estimado que um quarto deles já tinha sofrido ghosting. Uma outra pesquisa feita em 2016 pelo site de relacionamento “Plenty of Fish”, com 800 usuários entre 18 e 33 anos, descobriu que 80% deles já tinham passado pela experiência de ghosting.

Dor

R7

Quem já levou um ghosting sabe o quanto dói. Até porque, sabemos que a rejeição ativa o córtex cingulado anterior, região do cérebro responsável pela dor física. Isso é visto nos mais diferentes tipos de rejeição. No entanto, a forma como essa rejeição acontece também influencia a experiência.

Nesse ponto, um estudo de 2021 mostrou que as pessoas que levaram ghosting tinham níveis maiores de ansiedade do que as que nunca tinham sofrido com essa sensação.

A ansiedade aparece porque nós humanos não sabemos lidar com incertezas. Um estudo feito em 2016 pela University College London analisou 45 pessoas enquanto elas recebiam pequenos choques elétricos. No estudo, os participantes que tinham 50% de chance de receber o choque ficavam mais estressados do que os que já tinham a certeza que iriam recebê-lo. Ou seja, a incerteza do que pode acontecer é pior do que saber de fato.

Esse ponto também é visto quando se trata de relacionamentos. Quando a pessoa leva um ghosting, ela não sabe se a outra pessoa pode ou não reaparecer e nem o motivo de ela ter colocado um ponto final na relação. Tanto que, uma pesquisa de 2020 feita com 328 usuários de aplicativos de relacionamento mostrou que, 14% deles precisava de uma resposta da outra parte para conseguir seguir em frente depois de ter levado um ghosting.

Relações

Revista Símbolo

Embora possa se pensar que as relações em que o ghosting acontece são efêmeras e as pessoas envolvidas não deviam ligar muito para isso, um estudo de 2019 descobriu que o tempo médio de um relacionamento antes do ghosting é de seis meses. Isso mostra que o ghosting pode acontecer tanto no começo quanto em relacionamentos mais duradouros.

Por mais que as pessoas que dão o ghosting não queiram magoar o outro evitando um fora explícito, nem sempre essa é a melhor opção a ser feita. Às vezes, vale mais a pena ser sincero e dizer que não está mais interessado naquele relacionamento.

Fonte: Superinteressante

Imagens: BBC, R7, Revista Símbolo

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