História

Relembre os terríveis experimentos japoneses feitos na Unidade 731

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No ano de 1984, um estudante de jornalismo japonês descobriu um livro antigo que detalhou registros médicos. Logo, o jovem percebeu que os inúmeros documentos mostravam as barbaridades ocorridas na Unidade 731.

A história da Unidade 731 começa com Shiro Ishii. Ele era um jovem japonês que estudava na Universidade Imperial de Kyoto. Suas áreas de especialização eram bacteriologia, serologia, medicina preventiva e patologia.

Shiro acabou se destacando por seus seus estudos e foi chamado para ajudar no tratamento de uma doença que estava matando centenas de soldados. O jovem descobriu que o problema estava na água contaminada e demonstrou a solução para o Imperador do Japão.

Criação da Unidade 731

Foto: Reprodução

Depois da ocupação da Manchúria, o Japão encontrou um lugar ideal para criar uma unidade para pesquisar os efeitos da guerra biológica e química. Além disso, eles desejam saber como usar essas armas de forma eficaz contra os seus inimigos.

O comando da Unidade 731 foi dado a Shiro Ishii. No local, foram realizados experimentos humanos durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa e a Segunda Guerra Mundial. Oficialmente, o lugar era conhecido como Departamento de Prevenção de Epidemia e Purificação da Água.

A Unidade foi estabelecida ao nordeste da China. Os locais próximos à região foram isolados para ocultar os testes promovidos pelos japoneses. Entre eles, estão as bombas com bactérias que poderiam infectar populações locais.

No entanto, vale destacar que o que acontecia dentro do prédio poderia ser ainda mais assustador. Prisioneiros de guerra eram submetidos a experimentos humanos letais. Além disso, é importante ressaltar que parte das 250.000 cobaias eram chineses, divididos entre civis ou militares.

Os testes aplicados na Unidade 731

Foto: Reprodução

Entre os terríveis testes aplicados nos prisioneiros, estava pendurar pessoas de ponta cabeça até elas morrerem. O objetivo era calcular quanto tempo elas aguentariam naquela posição.

Além desse, exista um teste para entender os efeitos das altas pressões em pilotos japoneses. Para descobrir isso, os presos eram submetidos às câmaras de alta pressão, até seus olhos saltarem das órbitas.

Um outro teste era realizado para descobrir até que distância um homem sobreviveria à explosão de uma bomba. Nesse experimento, os chineses eram espalhados em lugares diferentes ao redor de um explosivo, e as consequências eram avaliadas em cada um.

Vivissecção 

Foto: Reprodução

Entre todos os métodos aplicados pelo Exército Imperial do Japão, a vivissecção era, provavelmente, a pior. Médicos abriam o corpo dos presos e examinavam com eles vivos e sem nenhuma anestesia. Lembrando que o objetivo da vivissecção é estudar o funcionamento dos sistemas ainda vivos. 

Milhares de homens e mulheres, a maioria prisioneiros chineses e também crianças e idosos camponeses foram infectados com doenças como cólera e a praga. Após isso, eles tinham seus órgãos removidos para serem feitos exames antes de eles morrerem. O objetivo era estudar os efeitos das doenças antes da decomposição começar após a morte.

Alguns presos tinham membros amputados e depois religados a outra parte do corpo, enquanto outros tinham partes esmagadas, congeladas e tinham a circulação restrita para que os efeitos da gangrena fossem estudados.

Somente após o corpo de um prisioneiro ser totalmente usado é que ele era morto com um disparo na cabeça ou injeções letais. No entanto, vale destacar que alguns foram enterrados ainda vivos.

Nenhum dos prisioneiros chineses, mongóis, coreanos e russos que foram para a Unidade 731 sobreviveram.

Não houve julgamento

Foto: Getty Images

Mesmo que os experimentos tenham sido macabros, os pesquisadores da Unidade 731 não foram julgados por crimes de guerra. Além disso, eles receberam imunidade secreta dos Estados Unidos em troca de informações coletadas durante os experimentos com humanos.

Os americanos desejavam receber informações sobre armas biológicas que pudessem ser utilizadas no programa estadunidense.

Fonte: Aventuras na História, Mega Curioso

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