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Cientista sugere comer carne humana contra as mudanças climáticas

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O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas divulgou novo relatório sobre como limitar o aquecimento global. O objetivo, claro, é cumprir o histórico Acordo de Paris. Notavelmente, sabemos que a tarefa é árdua. Além disso, sabemos também que só poderá ser alcançada se começarmos a agir agora.

As mudanças climáticas estão entre alguns dos temas mais discutidos hoje. Além do relatório divulgado, existem também diversos pesquisadores investigando soluções para tal problema. Dentre todos os vieses divulgados, especificamente um causou alvoroço. Como? Veja só. Um cientista sueco defende que os seres humanos precisam começar a comer uns ao outros.

A carne humana

Claro, ele não está pedindo que nos transformemos em canibais. De acordo com Magnus Söderlund, professor e chefe do Departamento de Marketing do Consumidor, da Escola de Economia de Estocolmo, se acabarmos com alguns tabus, podemos sim avançar nessa questão. Inclusive, passando a considerar inserir, em nossa dieta, a carne de cadáveres humanos.

E não, ele não sugeriu o canibalismo. Söderlund não sugeriu um retorno aos tempos sombrios de canibalismo primitivo. Para o professor, poderia haver, no futuro, algo como uma “indústria da carne humana”. “Isso se as pessoas forem capazes de quebrar tabus sobre comer este tipo de alimento”, explicou Söderlund.

A afirmação foi feita em programa de televisão do país. Söderlund falou sobre o tema em uma entrevista ao canal de televisão nacional TV4. No programa, o professor discutiu tópicos como “o canibalismo é uma solução para a sustentabilidade dos alimentos no futuro?” e “somos egoístas demais para viver de maneira sustentável?”.

Ainda nesse ínterim, caso tornem escassas nossas atuais fontes de alimentação, devido aos efeitos no clima, os humanos devem começar a considerar comer coisas que não fazem parte da nossa dieta usual. Como exemplo, o professor citou carne de animais de estimação, insetos e, claro, a carne humana. Em suma, Söderlund acredita que, se as pessoas fossem introduzidas, pouco a pouco, a carne humana, o novo mercado teria espaço.

De acordo com Söderlund, por meio do marketing, as pessoas estariam dispostas a dar uma chance para as novas opções de alimentos. Tanto que, no momento em que o programa estava sendo exibido, 8% da plateia sueca levantou a mão, dizendo que toparia experimentar carne humana.

Mudanças climáticas

Atualmente, já enfrentamos 1 grau Celsius de aquecimento. Para os cientistas da ONU, estamos próximos de atingir 1,5 graus Celsius e até mesmo chegar a 2o graus Celcius de aquecimento já na primeira metade do século. Ou seja, daqui trinta anos. Além disso, vale lembrar também que este é o nível mínimo seguro para a forma como vivemos no planeta.

Como explica o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, a única solução possível é reduzir pela metade até 2030 a emissão de gases que esquentam o planeta. O objetivo é zerá-las em 2050, além de absorver parte do carbono que já está na atmosfera. Ainda de acordo com o documento, novas tecnologias e energia limpa não bastam. Em suma, as florestas também desempenham um papel fundamental.

“No cenário traçado pelo IPCC, o futuro da humanidade depende não apenas de eliminarmos os combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e zerar o desmatamento em escala mundial para reduzir as emissões, mas também proteger florestas, savanas e outras formas de vegetação natural para capturar o excesso de CO2 que já está na atmosfera e o que ainda será emitido na fase de transição para uma economia neutra em carbono”, diz o estrategista internacional de Florestas do Greenpeace, Paulo Adário.

Para ele, a melhor e mais aceitável forma de fazer isso é adotar um ambicioso programa de restauração das florestas degradadas em escala global. “Afinal, as árvores são ‘usinas’ naturais de captação de carbono desenvolvidas e testadas há milhões de anos”, afirma.

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