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Cientistas brasileiros estudam contatos entre humanos e ETs na América Latina

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Desde que o mundo é mundo, os primeiros humanos já eram fascinados pelo céu e pelos astros que eram vistos. Conforme a tecnologia foi avançando e o pensamento científico também foi sendo mais elaborado, o encanto pelo espaço e pelos ambientes, ao redor do universo, apenas aumentou. É claro que, com o fascínio pelo espaço e com o aumento de recursos, o fascínio pela possibilidade de existir vida fora da Terra também cresceu.

Diversos grupos entusiastas, ufólogos e mesmo seitas defendem a existência de vida extraterrestre, com afinco e entusiasmo. Na internet, pode se encontrar vários vídeos e informações de relatos de visões ou contatos com seres de outros planetas. Além de jornais e documentários, ao redor do mundo, querendo provar que a vida extraterrestre existe. Mas pela falta de provas concretas para esses relatos, muitos descartam toda a informação e descreditam a possibilidade da existência de aliens.

Mas o universo é muito grande e os humanos são persistentes. Existem as pessoas que acreditam que não estamos sozinhos no universo e que isso, uma hora ou outra, vai se provar uma verdade e que esses seres serão achados.

Avistamentos

E nos últimos tempos, avistamentos de objetos voadores não identificados têm intrigado bastante as pessoas. Em abril desse ano, o Pentágono admitiu existir arquivos em vídeo dos pilotos da Marinha dos EUA perseguindo objetos voadores não identificados.

Os supostos contatos com extraterrestres sempre vem à tona tem tempo. Mas será que é possível investigá-los para ver se são reais? É focando nisso que o peruano Júlio César Acosta-Navarro, de 55 anos, estuda. Há 40 anos ele é interessado por ufologia e fenômenos relacionados ao contatos de quinto grau. Que são aqueles imediatos entre humanos e extraterrestres.

O peruano mora no Brasil há 23 anos. E é doutor em cardiologia pelo Instituto do Coração da FM-USP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Além de se dedicar aos seus pacientes e pesquisas na área médica, Navarro também tem um interesse em uma área não muito convencional. Em 2011, ele fundou a Academia Latino-Americana de Ufologia Científica.

Navarro explicou como funcionam as etapas das suas investigações a respeito da vida extraterrestre. “A Academia conta com 26 membros. Entre eles, físicos, psicólogos, jornalistas, advogados. E uma série de profissionais que têm como denominador comum o estudo da ufologia”, explicou.

Estudo

Em  2016, eles publicaram um artigo em uma revista científica, analisando 72 casos de pessoas que, supostamente, teriam tido encontros com seres de outros planetas. Desses casos, 47 foram classificados como sendo de baixa probabilidade e 25 de alta probabilidade de terem sido reais.

“Os participantes respondem a 90 perguntas, além de passarem por 12 critérios que são ferramentas de validação do pesquisador. Sendo seis objetivos e seis subjetivos. Ainda assim, o entrevistado precisa convencer dois pesquisadores entre três para o caso ser considerado de alta probabilidade, de acordo com o método que criamos”, disse.

Para cada caso, o tempo médio de análise é de três meses. Mas em alguns casos específicos as análises levaram cinco anos. Alguns dos critérios para avaliar a veracidade dos encontros são a consistência e ausência de contradições, coerência e lógica e presença de testemunhas. Além de evidências físicas como fotografias, filmes, objetos e a presença de evidências corporais como lesões e cicatrizes ou implantes.

“Em ocasiões em que as pessoas que teriam feito um contato de quinto grau já faleceram, tanto o estudo quanto a entrevista são feitos com familiares ou amigos. E acompanham análises de notícias em que são checadas a narrativa, de acordo com o acontecimento, seguindo os critérios do estudo”, ressalta.

Projeto

Além de investigarem os casos, o projeto também envolve outros fatores como a informação da comunicação, o motivo da visita e a origem de cada um deles. Dos 25 casos que tem uma probabilidade alta de serem reais, pelo menos 18 receberam informações sobre organização econômica ou social. Tendo um teor crítico ao sistema capitalista.

Outro ponto que é chamado a atenção nas visitas é sobre o vegetarianismo como sendo uma recomendação. Dos 19 entrevistados que citaram revelações alimentares, o vegetarianismo foi observado em 16 deles.

No campo científico, não é possível dizer, oficialmente, que extraterrestres e discos voadores existem de fato. Mas Navarro cria seus vários estudos com experiência acadêmica. Todos para fazerem parte do seu projeto chamado “Final Contact Project”. Basicamente, que tenta fazer uma abordagem racionalizada e baseada em métodos científicos.

Mais da metade desses entrevistados, 66%, estão concentrados na América Latina. Um deles é Sixto Jose Paz Wells, escritor e pesquisador de ufologia, que diz ter tido contato com seres extraterrestres e ainda entrado em uma nave. “Subi no interior das naves desses seres, entrei por portais dimensionais”, conta.

“As diferenças entre a ufologia e a ciência são muito claras. Ainda que os ufólogos tenham congressos, revistas e publiquem artigos com suas pesquisas, há algo fundamental na ciência que falta a eles: a validação do conhecimento por uma rigorosa análise crítica dos pares. O que é radicalmente diferente das formas de conhecimento ufológicas baseadas no testemunho dos que avistaram extraterrestres. Ou indícios deixados por supostas naves alienígenas”, conclui Rafael Antunes Almeida, doutor em antropologia.

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