Cientistas descobriram qual é o local da ”fonte da ansiedade” no cérebro humano

Ansiedade e depressão estão entre as doenças psicológicas mais populares e comuns atualmente. Há tratamento com psicólogos e psiquiatras para lidar com ambas, mas o caminho é longo e percorrê-lo é algo em demasia complicado. No entanto, podemos estar mais perto de um tratamento para a ansiedade do que imaginamos. Um estudo divulgado recentemente investigou a base neurológica desse transtorno e conseguiu identificar “células de ansiedade” localizadas no hipocampo que regulam o comportamento ansioso e que podem ainda ser controladas por feixe de luz. Isso quer dizer que os estudiosos podem encontrar o local onde nasce a ansiedade.

Essas descobertas foram realizadas através de experimentos com camundongos de laboratório. Isso aconteceu com os estudiosos inserindo microscópios em seus cérebros para registrar a atividade das células no hipocampo à medida que os animais caminhavam ao redor de suas gaiolas. Essas foram feitas especialmente para esse teste. Os labirintos especiais possuem caminhos que levam a espaços abertos e plataformas elevadas.

Esses ambientes são conhecidos por induzir ansiedade em ratos por causa do aumento da vulnerabilidade a predadores. Aí é que disparou as células, em uma parte do hipocampo conhecida como central CA1 (vCA1). Quanto mais ansiosos os animais se comportavam, maior a atividade dos neurônios. “Chamamos essas células de ansiedade porque elas são acionadas quando os animais estão em lugares que lhes são inerentemente assustadores”, disse Rene Hen, pesquisadora sênior da Universidade de Columbia.

A saída das células foi traçada até o hipotálamo, que é uma região do cérebro onde são controladas nossas emoções. Como o processo de regulação também ocorre nas pessoas, os pesquisadores acreditam que os neurônios de ansiedade poderiam ainda fazer parte da biologia humana. Sendo assim, será possível desenvolver ideias de tratamento, visto que os cientistas já descobriram como controlar essas células de ansiedade em camundongos. Isso porque usam uma técnica chamada optogenética para fazer um feixe sobre as células de ansiedade. Isso estimula os camundongos a ter mais confiança, ganhando coragem para explorar o labirinto.

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