Curiosidades

Cientistas encontram elo entre carne vermelha e o câncer

0

Comer está entre as melhores coisas da vida. Nisso quase todo mundo concorda. E, a menos que você seja adepto ao vegetarianismo ou veganismo, existe uma enorme probabilidade de você ser um amante de carne. Porém, assim como acontece com outros alimentos, parece que ela pode ter uma ligação não muito boa. Isso porque cientistas asiáticos descobriram o elo entre consumir carne vermelha e o risco de câncer.

Essa relação entre a carne vermelha e o risco de câncer é principalmente associado ao câncer colorretal, ou de intestino. Por mais que o alimento seja uma importante fonte de proteína, vitaminas e minerais, vários estudos já descobriram evidências de que comer carne vermelha de forma excessiva aumenta o risco de câncer.

Mesmo sabendo disso, até o momento o mecanismo por trás dessa relação era um mistério para a ciência. Contudo, no fim de outubro os pesquisadores de Singapura descobriram esse elo.

Esse estudo é importante porque o câncer colorretal é o terceiro mais comum em todo o mundo, além das mortes por conta dele terem crescido muito na América Latina. Como se não bastasse, ele é o  segundo tipo de câncer mais mortal, perdendo somente para o de pulmão.

Tendo como base estudos anteriores que viram a presença de ferro na carne vermelha como sendo um fator de risco, os cientistas pegaram amostras de de câncer colorretal para descobrir essa relação.

Elo entre carne vermelha e câncer

Dr. Silvio Bromberg

Para encontrar essa relação, os cientistas usaram várias técnicas, como por exemplo, a análise de expressão genética, purificação de proteínas, espectrometria e experimentos feitos em ratos.

Como resultado, eles descobriram que o ferro na carne é capaz de reativar a enzima telomerase através da pirina, que é uma proteína. É justamente essa reativação que aumenta a progressão do câncer.

Nas células normais, a telomerase tem uma atividade bem regulada e os telômeros se diminuem em cada divisão celular. Já no caso das células cancerígenas, por conta da reativação da telomerase a divisão celular é ilimitada, o que ajuda o tumor a se desenvolver.

“Demonstramos como o ferro (Fe3+), em combinação com fatores genéticos, reativa a telomerase, fornecendo um mecanismo molecular para a associação entre altos índices de ferro e o aumento na incidência de câncer colorretal”, disse o estudo.

Fonte: Gizmodo 

Imagens: Dr. Silvio Bromberg

Brasil se une à potência mundial para barrar Starlink, de Elon Musk

Artigo anterior

“Ninguém nunca esteve lá”: pesquisadores encontram cidade Maia perdida em floresta do México

Próximo artigo