Em nossa história, várias civilizações já existiram. Elas surgiram e declinaram com o passar do tempo. Dentre elas, uma das mais interessantes são os maias. Até porque parece que novas descobertas sobre eles sempre são feitas. Como no caso dessa cidade Maia perdida.
A descoberta foi feita no sudeste do México. Esse sítio arqueológico foi chamado de Valeriana e tem estruturas de grande porte como pirâmides, uma arena de jogos, anfiteatros e vias de interligação entre diversos distritos.
Essa descoberta da cidade Maia perdida aconteceu através da tecnologia “Lidar”, que usa pulsos de laser no mapeamento do terreno para revelar as construções que estão escondidas na vegetação.
De acordo com as primeiras análises feitas, o que os especialistas pensam é que a densidade estrutural de Valeriana seja comparável com Calakmul, que é o maior e mais relevante sítio maia conhecido na América Latina.
Os pesquisadores não descobriram somente Valeriana, também conseguiram identificar dois sítios arqueológicos, todos juntos em uma área que equivale à cidade de Edimburgo, capital da Escócia. E o mais curioso é que o começo dessas descobertas aconteceu por “acidente” quando um arqueólogo estava revisando os dados disponibilizados na internet.
“Eu estava em algo como a página 16 dos resultados de pesquisa do Google e encontrei uma pesquisa a laser feita por uma organização mexicana para monitoramento ambiental”, contou Luke Auld-Thomas, doutorando na Universidade Tulane, nos Estados Unidos.
O estudo mais recente usou tecnologia de sensoriamento remoto e serviu como um ponto de partida para que essa cidade Maia perdida fosse descoberta. O doutorando então processou os dados com métodos específicos de arqueologia e acabou encontrando algo que passou desapercebido para outros analistas. Ele encontrou uma cidade grande chamada Valeriana.
De acordo com Marcello Canuto, professor e coautor do estudo, essa descoberta é um desafio para os estereótipos antigos do pensamento ocidental. Isso porque o pensamento era que os trópicos era onde as “civilizações iam para morrer”. Mas isso não é o reflexo dessa área que foi o berço de culturas bem sofisticadas e ricas.
Fonte: Jornal Opção
Imagens: Jornal Opção