Ciência e Tecnologia

Cientistas finalmente conseguem descobrir o que realmente tem dentro de Júpiter

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A missão da nave espacial Juno, da NASA, começou em julho de 2016. Ela tem como tarefa principal estudar o interior do planeta gasoso Júpiter. Era do conhecimento dos cientistas as incríveis nuvens que envolvem o planeta. Entretanto, eles ainda não tinham conhecimento do que acontecia dentro do local.

Tudo isso pode mudar a partir agora. Foram publicados na revista científica Nature quatro artigos sobre os últimos resultados da exploração do local. Tudo graças a uma sonda que entrou em órbita em torno do planeta recentemente. “É uma primeira visão de como um planeta gigante de gás funciona por dentro“, escreveu Jonathan Fortney, autor dos artigos.

As primeiras descobertas

Uma das primeiras observações que apontam o artigo é sobre a atmosfera do planeta. Segundo os dados levantados pela Juno, um mapa da extensão da atmosfera de Júpiter foi catalogado e chega a cerca de 3.000 quilômetros. Isso tudo abaixo das já conhecidas nuvens. Isso é uma grande surpresa, uma vez que os cientistas imaginavam que os números fossem bem menores. Calculava-se que sua atmosfera continha cerca de 1% da massa do planeta, o que é equivalente a três Terras.

A informação acaba por também alterar o que se conhecia sobre a composição do planeta. Através das profundas camadas atravessadas pela nave, e se baseando nas informações já coletadas, eles passaram a acreditar que o gigantesco orbe se comporta como um sólido – embora na verdade ele não o seja. Uma mistura fluida de hidrogênio e hélio girando como um corpo sólido, apontam os estudos.

“Os relatórios também mostram que abaixo de ventos de 3.000 quilômetros, o planeta gira como um corpo rígido, e toda essa informação tem profundas consequências em nosso entendimento sobre o interior do planeta e, dessa forma, nos permite aproximar da compreensão de sua formação “, disse Yamila Miguel, da Universidade de Leiden, na Holanda em entrevista à IFLScience .

Outra descoberta dos pesquisadores é de que o campo gravitacional de Júpiter não é simétrico de um ponto ao outro do planeta. E, a causa do fenômeno seriam as variações dos ventos e fluxos atmosféricos do planeta. Há muito o que se descobrir sobre o quinto maior planeta do nosso sistema solar. Os cientistas pretendem medir, por exemplo, as marés influenciadas pela lua Lo, que exerce força gravitacional no planeta. A profundidade e a estrutura do grande ponto vermelho também devem ser medidos, e quem sabe ainda descobrir o que constitui a massa do seu núcleo central.

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