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Como está o primeiro epicentro do coronavírus

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Os coronavírus são uma família grande de vírus, mas só era sabido que seis deles afetavam os humanos. Com esse novo vírus, agora são sete. Um desses causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) que, em 2002, matou 774 pessoas, na China. O novo vírus é chamado de COVID-19.

O mundo todo está em estado de alerta. E em estado de urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia que surgiu em Wuhan, na China. A cidade chinesa, de 11 milhões de habitantes, foi o epicentro da epidemia e agora vive um período de recomeço. Ela foi a primeira cidade do mundo a ser isolada por conta do vírus e agora está sendo reaberta aos poucos, desde o dia oito de abril.

Depois de 76 dias de confinamento, o cenário da cidade se parece com um período pós guerra, como diz o paulistano Kenyiti Shindo que mora na cidade há sete anos. Ele diz que os moradores de Wuhan sempre foram bem simpáticos e acolhedores. Características que mantêm, mas agora, sem uma proximidade.

De acordo com as autoridades chinesas, foram registrados até agora 84 mil casos do novo coronavírus na China, que tem 1,39 bilhão de habitantes. E foram 4,6 mil mortes confirmadas, sendo 3,8 mil em Wuhan.

Epicentro

No começo, conforme o vírus foi avançando, não se sabia muito sobre ele, e a China logo adotou o lockdown em Wuhan e outras cidades de Hubei. Por causa do isolamento, foi estimado que cinco milhões de pessoas deixaram Wuhan. E de acordo com os especialistas, isso ajudou a espalhar o vírus pelo país asiático.

Nesse período, as pessoas podiam sair de suas casas apenas para comprar alimentos ou remédios. E segundo estudos, essa medida evitou que o número de infectados na China fosse ainda maior.

Bem no começo dos casos, as pessoas pareciam não levar muito a sério.”As pessoas comentavam sobre o vírus, mas ninguém levava muito a sério. Não sabiam o que era exatamente”, disse o paulistano.

Mas um pouco antes da celebração do Ano Novo Chinês, as autoridades chinesas tomaram medidas drásticas por conta da epidemia. E no dia 23 de janeiro, Wuhan e outras cidades da província de Hubei foram isoladas.

Recomeço

Quando os casos de transmissão local e os números de mortes começaram a diminuir, o governo chinês decidiu reabrir o país de forma gradual. Em Wuhan, as medidas de afrouxamento do isolamento começaram no dia oito de abril. E outras regiões de Hubei também começaram um afrouxamento.

E qualquer pessoa que voltasse para o país era cadastrada e tinha seu próprio QR code gerado. E foi por meio virtual que as autoridades chinesas acharam uma forma de controlar a saúde dos seus cidadãos. E por um aplicativo o status de saúde da pessoa é revelado.

Esse código é feito quando a pessoa preenche uma página com suas informações pessoais como por exemplo, histórico de viagens. se teve contato com alguém com COVID-19 e se está com alguma suspeita nas últimas duas semanas.

O código tem três cores, vermelho, amarelo e verde. E em Wuhan, como em outras cidades da China, é preciso que o QR code seja verde para a pessoa usar o transporte público, viajar, ir a restaurantes ou outros estabelecimentos.

Além disso, o uso de máscaras e distanciamento social ainda são recomendados pelas autoridades chinesas. A vida em sociedade tem voltado aos poucos, como também a volta as aulas e reabertura de comércios. Mas a entrada de estrangeiros no país ainda está proibida.

Pós lockdown

“Wuhan está começando a produzir e é possível ver mais carros transitando. Porém, não se compara ao que era antes. Antigamente, havia muita aglomeração em todos os lugares. Mas agora, muitos locais estão quase vazios”, comenta Kenyiti.

As pessoas da cidade mantiveram suas características, mas respeitando o distanciamento. Mas em seus rostos  é possível ver todo o desgaste que esse período causou nelas.

“O povo de Wuhan passou por uma batalha. Quando voltamos para cá, no início de abril, tive um sentimento de pós-guerra. As pessoas pareciam exaustas, mas felizes porque conseguiram controlar a situação da pandemia”, explica.

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