Ciência e Tecnologia

Como funciona a estufa que produz alimentos no espaço?

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Já imaginou cultivar alimentos no espaço? Sabia que isso já é possível, graças a um projeto que está sendo desenvolvido, na Antártida, para ser levado à Estação Espacial Internacional. Essa tecnologia abre espaço para que o homem amplie, cada vez mais, seus domínios, para além do planeta Terra. Em um futuro, não muito distante, poderemos cultivar coisas em outros mundos.

O projeto “EDEN ISS” (ISS é a sigla, em inglês, para International Space Station) promove o cultivo de plantas, nas condições adversas do espaço. A pesquisa está prevista para terminar em 2021. Confira como essa estufa funciona e como é capaz de produzir comida no espaço.

Comida em gravidade zero

Além da produção de alimentos, na própria Estação Espacial, o que garante a melhoria da alimentação para a equipe de astronautas, essa nova tecnologia permitirá também o cultivo de plantas em regiões inóspitas. E isso, aqui mesmo na Terra, como, por exemplo, em desertos e regiões de frio extremo. Dessa forma, a produtividade da agricultura tradicional será melhorada. Além do que a ideia permite o desenvolvimento de planos de futuras missões espaciais na Lua e em Marte.

A missão teve início na Antártica. A princípio, seria realizada até novembro de 2018, mas, o projeto foi estendido até 2021. A prorrogação se deu devido ao sucesso da empreitada. Do mesmo modo que por conta dos muitos benefícios gerados.

O projeto é coordenado pelo Centro Aeroespacial Alemão e pelo Instituto Alfred Wegener de Pesquisa Polar e Marinha.  Eles operam com parceiros, no centro de pesquisa Antártico Neumayer Station III. Por mais dois anos, os planos incluem realizar mais dois ciclos de colheitas.

Especialistas apostam que os primeiros exploradores devem chegar até Marte dentro de 20 anos. E, para isso, a comida fresca será muito benéfica. Para as tripulações em missões espaciais de longa duração, ter comida recém colhida, trará benefícios, tanto para o funcionamento do corpo, como também para a mente.

A Antártica é semelhante ao espaço

O continente gelado tem condições muito semelhantes ao espaço. E são três os principais fatores que justificam isso. O ambiente tem muito pouca contaminação. Ou seja, há baixo índice de micróbios. A microbiologia presente se resume, basicamente, naqueles levados pela própria equipe e nos equipamentos. Outro ponto, de semelhança, é a impossibilidade de acesso ao mundo exterior, fora da estufa. O inverno polar faz com que saídas externas sejam impossíveis de serem feitas, durante cerca de nove meses. Além disso, o isolamento, experimentado na estação especial, é semelhante ao projeto da Antártica. A equipe tem que conviver muito tempo em um espaço confinado.

Sistema aeropônico

No “EDEN ISS”, os alimentos são produzidos por um sistema aeropônico. Ou seja, neste formato, a raiz de cada planta fica suspensa numa câmara de cultivo. Em intervalos regulares, as plantas recebem uma névoa de solução nutritiva. Além disso, o método também emprega luz artificial. O solo é dispensável para a técnica. Por meio de muita tecnologia, é possível ter muita produtividade em um espaço limitado.

A estufa permite colheitas que não dependem do clima: nem de sol, chuva, ou estações do ano. O consumo de água também é infinitamente menor que nas técnicas tradicionais. O ambiente, extremamente controlado, tem também outro ponto positivo, já que não é necessário o uso de pesticidas e inseticidas. Em suma, essa verdadeira estufa do futuro, ainda em fase de testes, pode garantir o futuro da humanidade no caso de alguma pandemia atingir nosso planeta. E imagens ao vivo, do “EDEN ISS”,  podem ser acompanhadas pelo site responsável.

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