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Como funciona o processo de impeachment nos Estados Unidos que abriram contra o Donald Trump?

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Após uma série de depoimentos fechados e públicos, o Comitê de Inteligência da Câmara de Deputados dos Estados Unidos divulgou, nesta semana, um relatório sobre o processo de impeachment, contra o presidente do país, Donald Trump.

O processo de impeachment se deu devido ao abuso de poder e foi aprovado com 230 votos a favor e 197 contra, depois de sete horas de debates, no plenário. O Comitê, que é liderado por democratas, acusa Trump, que é do partido republicano, de ter abusado de seu poder ao pressionar a Ucrânia a investigar o democrata, e rival, Joe Biden.

Além da votação, que envolvia o abuso de poder do presidente dos Estados Unidos, uma segunda foi realizada logo em seguida. Esta é referente à acusação de obstrução dos trabalhos de investigação do Congresso. A votação terminou com 229 votos a favor e 198 contra, com 3 abstenções e uma ausência.

Trump

Trump, nesse ínterim, torna-se o terceiro presidente americano, a ser a julgado pelo Senado. Esta será a etapa conclusiva para o processo de impeachment. Os anteriores lideres do país foram Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998. Em 1974, Richard Nixon renunciou antes da votação.

No Senado, Trump será julgado sob o comando do presidente da Corte Suprema, John Roberts. No entanto, o republicano continuará a exercer a Presidência dos Estados Unidos, enquanto o julgamento não for concluído, no Senado. Segundo a imprensa americana, acredita-se que o Senado tenderá a inocentá-lo.

Os republicanos, diante da última votação, tentaram desqualificar e alongar o processo. “A América está sendo ferida gravemente por esta traição. Este impeachment é injusto e armado]”, disse o deputado Clay Higgins, da Louisiana.

“É um flagrante abuso de poder e um vergonhoso processo travestido de justiça. Isso vai prejudicar a reputação de todos os responsáveis por gerações”, reclamou Tom McClintock, da Califórnia.

Os democratas, em contrapartida, sustentaram as acusações, por meio de provas materiais e, obviamente, testemunhos. “Donald Trump usou o enorme poder da Presidência para pressionar uma nação estrangeira a manchar a reputação de seu potencial opositor político”, disse o deputado Steve Cohen, do Tennessee.

De acordo com a democrata Nancy Pelosi, a responsável por conduzir o processo de votação, “a visão sobre uma república está sob ameaça de ações da Casa Branca. Se não agirmos agora, nós estaremos abandonando o nosso dever. É trágico que as ações imprudentes do presidente tornem o impeachment necessário. Ele não nos deixou escolha”.

Como tudo começou

No início de setembro, uma denúncia anônima apontou um pedido de Trump, de interferência estrangeira nas eleições de 2020. Para quem não acompanhou, Trump pressionou o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, a investigar a presença do filho de seu potencial adversário eleitoral, Joe Biden, no conselho de uma empresa envolvida em corrupção.

Segundo aponta-se, Trump, antes de pressionar o presidente da Ucrânia, havia congelado uma ajuda militar, ao país de 400 milhões de dólares. No documento, revelado pelo Comitê Judiciário da Câmara, Trump “traiu a nação ao abusar das funções de seu posto”.

A delação, via telefonema, foi corroborada pela Casa Branca e divulgada pelos depoimentos de diplomatas e oficiais de segurança.

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