Mundo Animal

Como os nomes dos animais são escolhidos?

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O nosso planeta é um imenso aglomerado de terra e água, além das demais coisas naturais. Isso ninguém pode negar. Para se ter uma noção dessa imensidão, até hoje, não foi possível explorar todas as áreas da Terra. Por esse motivo, a nossa fauna e flora é extremamente rica, sendo que apenas uma pequena quantidade de animais já foi descoberta e registrada.

Estima-se que existam aproximadamente 9 milhões de espécies de animais no mundo. Entretanto, apenas 953.434 foram descritas e catalogadas. Por conta disso, novas espécies sempre são descobertas.

Então, para os pesquisadores que trabalham no campo da pesquisa taxonômica, uma das funções mais incríveis da profissão é poder dar nome a esses novos animais e espécies que são descobertos, e claro que dar nome aos animais é um tarefa mega importante.

Nomes

Udel

Além disso, diferente dos nomes comuns que são usados popularmente ,o nome científico é único daquele determinado animal e serve como o seu cartão de visita. Sabendo disso, como será que são criados os nomes científicos dos animais?

Nesse processo existem regras que devem ser seguidas. Por si só, essas regras já limitam as possíveis nomenclaturas dos animais. Os nomes científicos dos animais ajudam os cientistas do mundo todo a “conversarem” a mesma língua sem que seja necessário traduzi-lo.

Um exemplo disso é que, se por acaso os cientistas estão falando a respeito das baratas, eles irão saber que o nome Periplaneta americana se refere às baratas-americanas sem que seja preciso nenhuma outra explicação, o que também é visto em outros animais que têm o mesmo nome comum, mas podem ser diferenciados pelos seus nomes científicos.

Regras

Migalhas

Porém, ser batizado com um nome científico também pode ser um desafio. Até porque, em um mundo onde existem 8,6 milhões de espécies de animais e apenas 1,2 milhão delas estão batizadas, exige uma certa destreza para acompanhar os nomes já dados. Justamente por isso que as regras de nomenclatura existem.

É o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica quem determina como as novas espécies de animais irão ser nomeadas. Dentre as principais regras de nomenclatura estão:

1 – O nome do animal precisa ser único e pode existir repetição no nome do gênero ou do nome da espécie, mas nunca nos dois.

2 – Nenhum nome pode conter uma ofensa, seja ela em qual âmbito for. Visto que, historicamente, cientistas já colocaram ofensas nos nomes científicos dos animais para travar guerras com rivais.

3 – As novas espécies descobertas não podem se batizadas com o nome do pesquisador. Geralmente, o nome científico é uma homenagem a outra pessoa ou tipo de observação.

Outro ponto importante sobre nomear animais é que os nomes sempre são dados em latim. Isso acontece porque, historicamente, o idioma sempre foi a língua da ciência. Essa tendência permaneceu intacta até o século XXI.

Homenagens

Hypeness

Embora existam todas essas regras e mais algumas na hora de batizar os animais, elas não impediram que os cientistas criassem nomes bem criativos para os animais descobertos.

Um exemplo disso foi a pesquisadora Bryan Lessard. Ela descobriu uma “mosca dourada”, em 2011, e decidiu dar o nome a ela de Scaptia beyonceae, em homenagem à cantora Beyoncé.

Outro animal com um nome bem criativo é a aranha Aphonopelma johnnycashi, batizada em homenagem ao cantor Johnny Cash. O nome foi dado porque os machos adultos da espécie normalmente são da cor preta, o que lembrava a maneira como o cantor gostava de se vestir.

Além desses, uma nova espécie de cobra descoberta nas florestas do nordeste da Índia recebeu um nome bem apropriado e também homenageando uma pessoa “famosa”. A cobra verde recebeu o nome de Trimeresurus salazar, ou a víbora de salazar. O nome veio de um dos fundadores das quatro casas de Hogwarts, a escola de magia e bruxaria da saga Harry Potter, o bruxo Salazar Slytherin, que conseguia conversar com cobras.

Fonte: ABC news

Imagens: Udel, Migalhas, Hypeness

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