Dentre os diferentes tipos de carne bovina encontrados no mercado, alguns são ignorados pelos consumidores, como a carne de segunda. Apesar disso, ela possui muitas vantagens.
Poucos sabem que existem alguns tipos de carne que são mais suculentas, saborosas e econômicas do que a maioria das de primeira.
Um exemplo é o Sete da Paleta, proveniente da paleta bovina, localizada na parte frontal do animal. Esse corte tem chamado a atenção ultimamente por sua combinação de maciez, sabor e preço acessível.
O nome peculiar do corte é devido à sua semelhança com o número sete, resultante da união de ossos na carne. Apesar de ser originário de uma região do boi conhecida por cortes mais resistentes, o Sete da Paleta surpreende pela sua textura macia, sendo ideal para bifes grelhados ou na chapa.
Além disso, quando cozido lentamente, esse corte pode ser utilizado em pratos sofisticados e saborosos, como estrogonofe ou assados, proporcionando uma carne suculenta e macia.
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O Sete da Paleta também se sobressai pela sua versatilidade na culinária. Ele combina perfeitamente com condimentos intensos e molhos consistentes, sendo uma ótima opção para quem aprecia variedade de sabores.
Com o aumento dos preços da carne, a acessibilidade desse corte se torna ainda mais atrativa, permitindo refeições de excelência sem prejudicar o orçamento.
Embora ainda não seja amplamente reconhecido, o Sete da Paleta já está sendo incluído em menus de estabelecimentos gastronômicos que buscam inovar em suas opções de cortes de carne.
Para os clientes, essa é uma excelente chance de experimentar um sabor diferente e ampliar as opções na hora de adquirir carne.
A classificação de carnes em “carne de primeira” e “carne de segunda” tem a ver com a localização do corte no animal e com as características da carne, como maciez, quantidade de gordura e a facilidade de preparo.
Ao contrário do que muitos pensam, não significa carne de segunda qualidade, apesar do posicionamento influenciar em alguns aspectos.
Por exemplo, carne de primeira traz cortes que vêm das partes do animal que são menos exercitadas, como o lombo, o filé mignon, a picanha, e o contra-filé.
Essas carnes tendem a ser mais macias e têm menos tecido conjuntivo, o que faz com que sejam mais fáceis e rápidas de cozinhar, sendo geralmente mais valorizadas no mercado.
Enquanto isso, as carnes de segunda são cortes que vêm das partes do animal que sofrem mais exercício, como o músculo, o acém, a paleta e o peito.
Esses cortes têm mais tecido conjuntivo, são menos macios, e geralmente requerem mais tempo de cozimento para ficarem macios, como em cozidos e ensopados. Por conta disso, costumam ser menos caros e levam o nome de “segunda”.
Além disso, também costumam ser regiões de aplicação de vacinas, por exemplo, que influenciam na maciez e desenvolvimento da carne do animal. Contudo, não significa que todos os cortes de segunda são de pior qualidade.
Afinal, existem várias opções com maciez, sabor e preço acessíveis para a compra.
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Ainda, vale pontuar que a qualidade e a escolha para definir qual o melhor corte também depende da utilização do alimento. Isso porque cada parte bovina é melhor para uma função.
Para carnes que vão para panela de pressão ou cozidas por muito tempo, é interessante usar alguns modelos de segunda, como acém ou músculo. Dessa forma, o cozimento não irá desfiar toda a carne, deixando-a macia, e ainda assim firme.
Enquanto isso, filés largos para churrasco ou assados também podem usar ponta de peito ou paleta, com boa quantidade de gordura e carne macia, equilibrando o sabor.
Existem alternativas de todos os formatos para usar nas receitas, e saber que ambas são de qualidade traz mais segurança na hora de cozinhar.
Fonte: Portal 6