Quando falamos de He-Man, todos pensam no personagem do desenho animado que vive no planeta de Etérnia, que é cercada de seres mágicos. Etérnia é uma terra comandada pelo Rei Randor, pai de He-Man, e luta contra o Esqueleto, que tenta invadir o castelo de Grayskull. Resumidamente, essa é a história de He-Man, mas vocês sabiam que fora das telinhas realmente existiu um He-Man?
O He Man que vamos falar agora se escreve assim mesmo, sem o hífen. Esse herói faz parte da história da China e ele era membro da Rebelião do Turbante Amarelo (Yellow Turban Rebellion) que aconteceu no final da Dinastia Han. Mas primeiramente vamos entender essa rebelião e a tal dinastia.
A Dinastia Han surgiu em 202 a.c., e foi a primeira a adotar a filosofia do confucionismo, que veio a se tornar base ideológica de todos os regimes chineses. Na época da Dinastia Han, a nação da China era governada por uma família conhecida como O Clã Liu e durou cerva de 400 anos.
A Rebelião do Turbante Amarelo foi uma revolta camponesa na China contra a citada Dinastia Han. A revolta levou cerca de 20 e poucos anos e tem esse nome por causa dos panos que os rebeldes usavam em suas cabeças. Um dos principais motivos dessa rebelião foi uma crise agrária, quando a fome forçou muitos camponeses do norte do país migrarem para o sul, onde havia grandes proprietários que exploravam os trabalhadores para aumentar suas fortunas.
Mas agora vamos falar do que interessa, o He Man. Ele era um chinês, que na língua se escreve 何曼. Na verdade não se sabe muitas coisas sobre ele, sabe-se que era um dos generais dos Turbantes Amarelos e era conhecido também como “o Diabo Shooting”. Mesmo vencendo grandes batalhas contra O Clã Liu, He Man se rendeu junto a outros líderes, mas foi uma grande influência para colocar um fim na Dinastia Han.
O pouco que se sabe sobre esse mito se encontra no livro Romance dos Três Reinos escrito no século XIV por Luo Guanzhong. O romance conta a história de vários personagens da Dinastia Han e no enredo você encontra tanto batalhas pessoais quanto duelos entre exércitos. No entanto, o foco do livro são os três blocos de potências que surgiram do que sobrou da Dinastia Han e acabaram formando os estados de Wei, Shu e Wu.
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