História

Conheça as cidades amazônicas antigas que eram tão grandes quanto cidade gregas

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Não é de hoje que o território da Amazônia abriga diversas culturas. Há muito tempo atrás muitas populações viveram naquela região montando verdadeiras cidades, tão grandes e equipadas que foram comparadas com as cidades medievais gregas. Graças a achados arqueológicos, foi descoberto que uma dessas populações viveram na Ilha do Marajó do ano de 400 até 1.400 d.C.

Graças a geográfica favorável da região, foi possível desenvolver um sistema de construção de mounds (montes de terra, conhecidos entre aquele povo como “tesos”). Além de represas que permitiam as comunidades sobrevivem ilesas à fase das cheias, entre os meses de janeiro a junho. Essas represas ainda ajudavam a controlar o fluxo de peixes que saíam do curso regular dos rios para desovar durante a inundação. E assim, aqueles povos construíram suas comunidades que acabaram por ser tornar grandes cidades no meio da floresta amazônica.

A civilização

 

Baseado em evidências arqueológicas e geográficas, acredita-se que esses povos desenvolveram a sua cultura em conforme os recursos pesqueiros. Os povos de Marajó também se destacaram com a sua arte funerária em cerâmica, uma das mais requintadas das Américas. Os desenhos feitos nas obras de cerâmica remetiam a fauna da região, destacando as curvas e escamas de serpentes e aves. Eles também usavam tangas de cerâmica, que acredita-se estarem ligadas aos diferentes estágios da vida feminina.

No primeiro instante, a cerâmica pode não ser algo tão impressionante. Mas o formato e estilo desses vasos decorados sugerem que havia uma pessoa especializada para isso, no caso, um profissional. Algo que existe apenas em sociedades hierarquizadas, o que indicam que esses povos tinham suas próprias regras e cargos específicos.

A forma em que esses tesos estão dispostos no território, sugere que tenham sido planejados cuidadosamente para servir a um propósito maior. Nesse caso seria a proteção dos tesos maiores, que seriam templos cerimoniais e moradias dos líderes das comunidades.

As cidades

Nos últimos séculos antes da chegada dos europeus, essas comunidades tiveram um grande aumento demográfico. Com isso, a atividade agrícola foi intensificada na região, assim como o uso dos recursos pesqueiros amazônicos.

Segundo a arqueóloga americana Anna Roosevelt, da Universidade de Chicago, essas comunidades atingiram “complexidade e escala urbanas”. Estima-se que seriam 15 quilômetros quadrados de área construída. A produção intensiva da cerâmica desses povos circulou por boa parte da América do Sul e até pelo Caribe, tido como objetos de muito valor.

Imagens de satélite mostram grandes estruturas cuidadosamente planejadas em meio a grande paisagem do Alto Xingu. As maiores aldeias provavelmente seriam centros religiosos. Também haviam redes de estradas que cortava em todas as direções, e chegavam a ter até 50 metros de largura e estipendiam-se por vários quilômetros. As instalações eram tão elaboradas que tinha até pontos e “acostamentos” feitos de terra.

Essas grandes aldeias eram cercadas por muralhas de toras de madeira. E os seus povos cuidavam do cultivo das lavouras de mandioca e pomares de pequi. E tinham ainda as lagoas artificias usas para a prática de piscicultura e criação de tartarugas.

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