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Conheça o pinguim gigante que realmente existiu

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Você consegue imaginar um pinguim do tamanho de uma mulher de estatura média? Não mesmo, até porque os pinguins que conhecemos não passaram de 1,20 metro de altura. Então, pensar em um pinguim maior do que isso parece improvável. Mas de fato existiu um pinguim gigante que viveu na Terra a milhares de anos.

Pesquisadores já descreveram um pinguim gigante que viveu no Paleoceno. A exatamente  66 milhões de anos atrás, na Nova Zelândia. O chamado Crossvallia waiparensis era bem maior do que os pinguins de hoje. Ele podia chegar até aos 1,60 metros de altura e pesar 80 quilos. Se esse já não era grande o bastante, uma nova descoberta aponta para um pinguim ainda maior, que chegava os 2 metros de altura e pesava até 115 quilos. Conheça o Palaeeudyptes klekowskii que viveu no nosso planeta no passado.

Pinguins gigantes

Os ossos desse pinguim descoberto recentemente foram encontrados em Waipara, Canterbury, também na Nova Zelândia. A região de Canterbury é muito conhecida por ser o ponto de descoberta de várias espécies antigas gigantes. Para se ter uma ideia, o maior papagaio do mundo foi encontrado lá. Assim como um morcego gigante e outras cinco espécies de pinguins.

O pinguim-imperador como é conhecido popularmente é um parente distante do Crossvallia waiparensis. No caso, a espécie mais próxima do pinguim seria o Crossvallia unienwillia. Essa foi outra espécie gigante que também viveu durante a era geológica do Paleoceno, porém na região da Antártica.

Hoje, a Nova Zelândia e a Antártica podem ser separadas, mas no passado, especificamente na época do Paleoceno, as duas eram massas conectadas. “Quando as espécies Crossvallia estavam vivas, a Nova Zelândia e a Antártica eram muito diferentes de hoje. A Antártica estava coberta de florestas e ambas tinham climas muito mais quentes”, explica o pesquisador Paul Scofield, que trabalha no Museu de História Natural de Canterbury.

O estudo detalhado desses ossos de pinguins Crossvallia confirmaram o que já esperado pelos especialistas. Eles eram muito diferentes dos animais modernos. A análise da anatomia desses animais sugere que eles usavam mais os pés para nadar. Ou provavelmente ainda não estavam adaptados para andar de pé, como os pinguins de hoje.

O tamanho

O aparecimento desses pinguins enormes coincide com a extinção dos dinossauros nonavianos há cerca de 66 milhões de anos atrás. Tendo em vista a época, o seu tamanho maior não deve ser motivo de estranheza, já que quanto maior uma ave marinha é, maiores são as suas vantagens no reino animal.

“Em geral, quanto maior o animal é, mais eficiente se torna em conservar o calor do corpo (muito importante nos pinguins) e mergulhar mais fundo e por períodos mais longos”, explica Daniel Ksepka, do Museu Bruce, de Connecticut, nos Estados Unidos. “O tamanho grande também abre novas opções de presas e os protege de predadores menores”.

Os pinguins que conhecemos hoje não podem ser tão grandes como os do passado, justamente pela competição por presas e a divisão de territórios com outras espécies.

“Os paleontólogos ainda estão trabalhando nesta questão, mas um grande fator poderia ser o surgimento de pinípedes (focas e seus parentes), que começaram a se espalhar pelos oceanos na mesma época em que pinguins gigantes começam a desaparecer. Eles podem ter entrado em confronto com pinguins não apenas como predadores e competidores por presas similares, mas também por terrenos de reprodução monopolizados, necessários para o assentamento de colônias”, aponta Ksepka.

E você, o que achou desse pinguim? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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