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Conheça os 15 cabos submarinos que cortam o Brasil

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Atualmente, existem 278 cabos submarinos em operação no mundo, segundo um levantamento feito pela TeleGeography, que é uma empresa de consultoria do ramo de telecomunicações. No Brasil, existem pelo menos 15 desses cabos submarinos, que representam tecnologias caras. De acordo com o portal Submarine Cable Map, dois deles têm alcance nacional, e mais 13 chegam a outros países das três Américas, Europa e África.

No Brasil, o primeiro cabo totalmente submarino foi inaugurado em 1874 e conectava Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Belém. Atualmente, todos eles são elaborados com fibra óptica e muitos estão a 4 mil metros de profundidade, no fundo do oceano.

cabos submarinos

Youtube

A grande quantidade de cabos faz parte de um sistema complexo que liga todos os continentes do planeta, com exceção da Antártica. Eles são a forma mais eficiente e rápida para transmitir uma alta quantidade de dados, e portanto servem para permitir uma conexão de internet viável em grande parte dos países.

Em 2023, o cabo mais comprido do planeta será inaugurado. Chamado de Firmina como forma de homenagem a Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira, o cabo está sendo desenvolvido pela Meta (responsável pelo Facebook) e pelo Google. O Firmina deverá passar pelas cidades de Las Toninas (Argentina), Punta del Este (Uruguai) e Praia Grande (Brasil), para então chegar à costa leste dos Estados Unidos, em Sunny Isles, Jacksonville, Myrtle Beach, Virginia Beach e Wall Township.

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Portanto, ele deverá se consolidar como mais uma alternativa de conexão entre a América do Sul e a América do Norte, com o objetivo de fornecer “acesso mais rápido e de baixa latência para serviços como o Gmail ou YouTube”, de acordo com o que informa o Google. Descubra, abaixo, quais são todos os cabos submarinos que cortam o Brasil:

Brazilian Festoon

O cabo, que tem um comprimento total de 2.552 km e que foi construído em 1996, passa por Praia Grande, uma cidade do litoral paulista, e suas pontas estão localizadas no Rio de Janeiro e Natal. Suas conexões também passam por regiões do Sudeste e Nordeste, em capitais como Vitória, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife e João Pessoa.

Junior

Construído pelo Google, esse cabo submarino conta com um sistema mais simples em comparação com os outros presentes no Brasil. Sua principal função é oferecer interconexões com outros cabos que chegam de países da América Latina e dos Estados Unidos. O Junior passa por Santos e Rio de Janeiro.

Malbec

Ligando Praia Grande, Rio de Janeiro e a cidade argentina de Las Toninas, o Malbec foi inaugurado em 2021 e tem coparticipação da operadora telefônica GlobeNet e da Meta, proprietária do Facebook. Malbec foi um nome escolhido para homenagear a espécie de uva utilizada em uma grande variedade de vinhos argentinos.

Seabras-1

O cabo Seabras-1 conta com 10 mil quilômetros de extensão e liga Praia Grande à cidade de Township, nos Estados Unidos, localizada a 86 quilômetros de Nova York. Sua construção foi concluída em 2017 e a gestão está sob responsabilidade da operadora Seaborn Networks e da Telecom Italia Sparkle, uma plataforma de soluções que pertence ao grupo TIM.

Monet

O Monet é um cabo bem extenso, com mais de 10 mil quilômetros de extensão, que liga Santos, Fortaleza e Boca Raton (município norte-americano vizinho de Miami, na Flórida). Funcionando desde 2017, ele tem capacidade de 64 Tbps, com um objetivo bem claro: melhoria nos serviços de conexão entre a América Latina e a América do Norte. Esse sistema tem como gestores a Algar Telecom, Angola Cables, Antel Uruguay e Google.

South America-1

O sistema é um dos mais complexos entre os presentes na América Latina, já que dá a volta em todo o continente, passando pelo Brasil, Porto Rico, Colômbia, Equador, Peru, Chile, entre outros países. Trata-se de um dos mais antigos em funcionamento, estando ativo desde 2001, com cabos que ultrapassam os 25 mil quilômetros de extensão.

South American Crossing

Com mais de 20 mil quilômetros de extensão, o South American Crossing tem pontos de conexão em Buenaventura (Colômbia) e Colon (Panama). Atualmente, o cabo submarino está sob responsabilidade da multinacional Lumen e da Telecom Italia Sparkle.

Tannat

O Tannat, que está sob responsabilidade da Antel Uruguay e do Google, foi inaugurado em 2018 e passa pelas cidades de Santos, Maldonado (Uruguai) e Las Toninas (na Argentina). Ele tem cerca de 2 mil quilômetros de extensão e auxilia nas rotas de conectividade entre os Estados Unidos e pontos chave da América do Sul.

America Movil Submarine Cable System-1

Passando por Cancun (México), Salvador e Fortaleza, o cabo submarino também faz conexões com vários locais estratégicos da América Central e Estados Unidos, como Puerto Plata (República Dominicana), Puerto Barrios (Guatemala) e Jacksonville (Flórida, Estados Unidos). O sistema, que teve seu funcionamento iniciado em 2014, leva o nome da corporação mexicana de telecomunicações e tem mais de 17 mil quilômetros de extensão. De acordo com informações da época, o investimento realizado chegou a 500 milhões de dólares (cerca de R$ 2,6 bilhões em conversão atual).

BRUSA

O nome indica a exata função deste cabo: unir Brasil e Estados Unidos, ligando o Rio de Janeiro a Virginia Beach em uma extensão de mais de 18 mil quilômetros. Esse sistema passa ainda por Fortaleza e San Juan, com capacidade de 160 Tbps, a maior para interconexão das Américas.

GlobeNet

O sistema é um dos mais longos das Américas, com mais de 23 mil quilômetros de extensão. Lançado em 2001, cobre regiões das Américas do Sul, Central e do Norte, com conexões em locais como Maiquetia (Venezuela), St. Davids (Bermuda) e Tuckerton (EUA).

Americas-II

Operando desde 2000, o Americas-II tem a cidade de Fortaleza como a única conexão brasileira, mas constitui uma rede na região norte da América do Sul, em conjunto com locais da América Central e dos Estados Unidos. Com pouco mais de 8 mil quilômetros de comprimento, ele também chega em cidades como Caiena (Guiana Francesa), Port Of Spain (Trindade e Tobago) e Holywood (Flórida, Estados Unidos). O cabo está sob responsabilidade de um total de 11 empresas, que incluem a Embratel, AT&T e Telecom Italia Sparkle, entre outras.

EllaLink

Sendo um dos mais recentes em operação, o EllaLink começou a operar em junho de 2021 e faz conexões diretas com países europeus, com pontas em Fortaleza e Sines (localizada no sul de Portugal). Porém, o cabo também passa pela Ilha da Madeira e Praia (Cabo Verde).

South Atlantic Cable System

Com inauguração em 2018, o cabo tem apenas dois pontos de conexão, nas cidades de Fortaleza e Sangano (Angola), mas possui um comprimento superior aos 6 mil quilômetros. É uma das ligações mais importantes do Brasil com a África, e sua gestão é de responsabilidade da Angola Cables, empresa de telecomunicações do país.

South Atlantic Inter Link

Inaugurado em 2020, o South Atlantic Inter Link é outra importante conexão do Brasil com a África, já que liga as cidades de Fortaleza e Kribi (Camarões). São 5,8 mil quilômetros de distância, em um sistema que é gerido pela operadora camaronesa Camtel e pela China Unicom.

Fontes: Olhar Digital e Canal Tech

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