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Cratera de asteroide que atingiu a Terra há 789 mil anos é localizada

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, sabemos que isso é algo possível de acontecer, como por exemplo, o que dizimou os dinossauros do planeta.

Além dele, vários outros já caíram no nosso planeta. E mesmo que se saiba a respeito deles, não são todas as localizações de onde eles caíram que são encontradas. No entanto, um novo estudo mostrou evidências do lugar onde um asteroide teria atingido o nosso planeta há 789 mil anos.

De acordo com os pesquisadores, vários resquícios desse corpo celeste foram encontrados espalhados pelo sudeste asiático. Contudo, a cratera que é o local onde aconteceu o impacto foi localizada no sul de Laos, que é um país da região.

Asteroide

Olhar digital

Os tectites, que são rochas negras de vidro tendo dimensões de até alguns centímetros e formadas depois do impacto do asteroide, foram espalhadas até Madagascar, na África, e Antártica.

Como eles são recentes o suficiente, eles ainda podem ser visíveis em vários lugares e ajudam os pesquisadores a mapear o lugar da colisão. Até porque, os processos geológicos acabam enterrando as principais evidências de casos como esse. Por conta disso que até que essa cratera fosse encontrada demorou duas décadas.

O local ficou escondido por tanto tempo por conta de condições geológicas, floresta tropical densa e pelo fato de Laos ser uma das nações mais isoladas politicamente do mundo. Além disso, uma equipe liderada por Kerry Sieh, professor da Universidade Tecnológica de Nanyang, viu que “munições não detonadas dificultaram o trabalho de campo por décadas” depois da guerra que aconteceu na região.

Cratera

Olhar digital

Por mais que essa cratera tenha sido encontrada, alguns segredos podem ter ficado perdidos para sempre. Em 1983, um depósito de cascalho tinha sido observado logo abaixo de tectites no Vietnã. Para isso, a hipótese mais aceita é que esses materiais foram arremessados para essa região por conta do impacto do asteroide.

Sabendo disso foi que os pesquisadores conseguiram chegar até a região sul de Laos e identificar a camada de rochas formadas por arenito antigo e lava basáltica. Então, eles concluíram que a cratera está dentro do Campo Vulcânico de Bolaven.

De acordo com os pesquisadores, por mais que as tectites sejam vistas a milhares de quilômetros de distância, elas são mais abundantes perto dessa região.

Impacto

Galileu

É sabido que asteroides já colidiram com a Terra no passado, mas o que aconteceria se um caísse no nosso planeta agora? Um grupo de cientistas explorou essa possibilidade e contou durante a 8ª Conferência de Defesa Planetária em Viena, Áustria, o que poderia acontecer se um asteroide colidisse com a Terra. A hipótese e suas possíveis consequências foi feita para mostrar que sistemas de defesa ao planeta são necessários.

Quem criou essa situação hipotética foi Paul Chodas, gerente do Near Earth Object (NEO) Program Office da NASA. O começo de toda essa simulação foi estipulado como sendo no dia 10 de janeiro de 2023, dia em que se descobriu o chamado 2023 PDC. Esse asteroide tinha uma magnitude maior que 22,0 e foi classificado como asteroide potencialmente perigoso (PHA), o que quer dizer que ele passaria pelo nosso planeta a menos de 7,4 milhões de quilômetros.

Sabendo desses dados, os pesquisadores fizeram a análise da trajetória do objeto e com isso estimaram que ele colidirá com a Terra em outubro de 2036, ou seja, com 13 anos de distância. Mesmo assim, as decisões têm que começar a ser tomadas o mais rápido possível.

Para saber o tamanho de um asteroide, o que é observado é a luz refletida de volta ao espaço. Isso porque, quanto mais luz, maior é o objeto. No caso da simulação, outras maneiras de fazer essa medição não são possíveis, já que ele está bem perto do sol para que os telescópios infravermelhos sejam usados e bem longe do nosso planeta, para que os radares possam ser usados.

Por conta disso, o tamanho estimado do 2023 PDC foi entre 220 e 600 metros, mas com a possibilidade de chegar a ser dois quilômetros se a sua superfície estiver escura. E se ele fosse realmente desse tamanho, o método que foi experimentado na missão DART não funcionaria na defesa.

Quando um asteroide colide com a Terra, os danos principais são três. São eles: danos ao solo por conta da explosão; se ele cair na água pode gerar um tsunami; e efeitos climáticos globais que variam conforme o tamanho do objeto.

No caso do 2023 PDC, da simulação feita, ele pode causar catástrofes diferentes quando ele atingir o solo do planeta, dependendo do tamanho que ele tiver. Por exemplo, se ele tivesse 300 metros de diâmetro, a colisão liberaria dois mil megatons de energia, o que é 133 mil vezes mais do que a bomba de Hiroshima. Ou seja, isso seria suficiente para devastar um continente.

Agora, se ele tivesse 600 metros de comprimento, essa energia seria 10 vezes maior. Por conta disso, os danos da colisão podem ser em uma escala global. E se o diâmetro desse asteroide fosse de um quilômetro, a Terra inteira iria ser afetada. Até porque, a quantidade de energia liberada pela colisão seria equivalente a 6,6 milhões de vezes a bomba de Hiroshima.

Cada uma dessas situações tem a capacidade de causar danos para dezenas de milhares de pessoas dependendo de onde a colisão acontecer. E se o asteroide caísse no oceano, um tsunami seria causado e as consequências seriam ainda piores.

“Portanto, o ponto principal aqui é que há uma gama muito grande de danos potenciais. Se impactar a Terra, pode ser extremamente prejudicial porque as consequências potenciais são muito extremas”, disse Lorien Wheeler, especialista em Supercomputação Avançada da NASA.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, Galileu

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