Um vaso histórico em exposição no Museu Hecht, em Israel, sobreviveu impressionantes 3.500 anos, mas acabou não resistindo à curiosidade de uma criança, que o quebrou em pedaços.
A antiguidade, com data da Idade do Bronze, estava exposta na entrada do museu sem qualquer proteção de vitrines.
O garoto quebrou o artefato ao tocá-lo. Em entrevista, o pai do menino contou que ficou “em choque” ao perceber o que aconteceu. Mas após o susto, procurou um segurança para informar sobre o incidente.
Embora o vaso fosse extremamente valioso e uma raridade, a direção do museu foi bastante compreensiva com a situação.
Lihi Laszlo, diretor do museu, explicou que existem casos onde a quebra das exposições sofre danos intencionais. Com isso, acabam envolvendo até a polícia, por conta da severidade.
No entanto, a situação foi diferente, pois aconteceu acidentalmente durante uma visita de uma criança.
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Eles contrataram um especialista para restaurar o vaso histórico. A direção do museu também esclareceu que prefere não proteger as peças para que elas mantenham seu “encanto especial”. A organização planeja continuar com essa prática mesmo após o incidente.
Não existem informações sobre o que aconteceu com a criança, mas acredita-se que ela, nem a família, sofreram nenhuma punição ou multa.
Muitas pessoas acabam julgando ou condenando a criança que derrubou o vaso histórico, dizendo que elas não possuem controle suficiente para esse tipo de ambiente.
Falando de maneira fisiológica, as habilidades motoras de uma criança de 4 anos estão em pleno desenvolvimento, tanto as motoras grossas quanto as finas.
Por exemplo, crianças nessa idade geralmente podem correr, pular em um pé só e saltar de pequenos degraus ou superfícies. Elas conseguem manter o equilíbrio ao ficar em um pé por alguns segundos e andar sobre uma linha reta ou em superfícies irregulares.
Além disso, conseguem coordenar movimentos, como pedalar um triciclo ou bicicleta com rodinhas e chutar uma bola com mais precisão. Nessa etapa, já interagem com outras crianças e frequentam a escola, realizando brincadeiras coletivas.
No entanto, o mais importante nesse contexto são as habilidades finas. Trata-se de movimentos mais sutis, que exigem maior concentração.
Por exemplo, a criança já consegue segurar um lápis ou giz de cera corretamente e pode desenhar formas básicas, como círculos, quadrados e figuras humanas simples.
Ainda, nessa idade, ela começa a desenvolver a habilidade de cortar papel com uma tesoura infantil. Também pode montar e desmontar blocos ou brinquedos de construção com maior precisão.
A manipulação de objetos pode acontecer com destreza, desde botões e pedrinhas, até objetos mais sensíveis.
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Aos 4 anos, a criança começa a ter uma noção de cuidado, e suas habilidades finas permitem que elas carreguem e manipulem objetos sensíveis.
Além disso, já é possível explicar sobre o valor de um objeto, como o vaso histórico. É importante permitir que pessoas em idades mais novas tenham acesso à cultura, história e interação social.
Contudo, ainda não possuem total discernimento para serem cuidadosas em todas as situações. Elas estão aprendendo a entender o conceito de fragilidade e podem começar a ser ensinadas a manusear objetos com mais cuidado.
Ainda, o controle de impulsos ainda está em desenvolvimento e a curiosidade pode frequentemente superar a cautela. Por isso, para evitar acidentes como esse com o vaso, é fundamental ter monitoramento e vigilância o tempo todo.
É função dos pais e responsáveis acompanhar as crianças, evitar que a curiosidade supere os limites e monitorar para que não quebrem nada. Com sorte, especialistas poderão consertar o vaso histórico. Contudo, vale a pena não arriscar em outras ocasiões, com objetos de maior valor.
Fonte: O Tempo