Pesquisadores da Universidade de Delaware, nos EUA, criaram uma “nanobomba” inovadora, projetada especificamente para atingir e eliminar células cancerígenas.
A tecnologia utiliza nanotubos de carbono combinados com exposição à luz para gerar pequenas explosões que destroem as células malignas, preservando ao mesmo tempo os tecidos saudáveis.
Esse avanço se baseia nas propriedades térmicas dos nanotubos de carbono, que permitem ataques precisos às células cancerígenas. A pesquisa foi liderada pelo professor Balaji Panchapakesan.
O que são nanotubos de carbono?
Nanotubos de carbono são estruturas cilíndricas em escala nanométrica, formadas por átomos de carbono dispostos em uma rede hexagonal, semelhante à do grafite. Esses nanotubos são essencialmente folhas de grafeno enroladas em formato de tubo.
Eles se destacam por suas propriedades notáveis, como alta resistência mecânica e excelente condutividade elétrica e térmica.
Devido a essas características, os nanotubos de carbono têm aplicações em diversas áreas, incluindo nanomedicina, eletrônica, materiais compostos e armazenamento de energia.
O que é nanotecnologia?
Nanotecnologia é um campo da ciência e engenharia dedicado à manipulação e controle da matéria em escala nanométrica, ou seja, em dimensões de 1 a 100 nanômetros (um nanômetro é um bilionésimo de um metro).
Nessa escala muito pequena, os materiais acabam tendo algumas propriedades físicas, químicas e biológicas diferentes daquelas em escalas maiores.
Isso permite que cientistas e engenheiros desenvolvam novos materiais, dispositivos e sistemas com funcionalidades aprimoradas ou completamente novas. Por exemplo, é o caso da nanobomba.
Como funciona?
A nanotecnologia opera ao nível atômico e molecular, manipulando diretamente átomos e moléculas para criar estruturas e dispositivos com propriedades específicas.
A base da nanotecnologia é a capacidade de manipular átomos e moléculas para criar estruturas com novas propriedades. Isso ocorre por meio de métodos físicos (como litografia) ou químicos (como auto-organização molecular).
Em escala nanométrica, os materiais podem apresentar propriedades diferentes das que têm em macroescala. Por exemplo, nanopartículas de ouro podem ter diferentes cores dependendo do seu tamanho, e nanotubos de carbono podem ser mais fortes que o aço e, ao mesmo tempo, mais leves.
Essas propriedades únicas são exploradas para criar materiais e dispositivos avançados.
Instrumentos como o microscópio de varredura por sonda (SPM) e o microscópio de força atômica (AFM) permitem aos cientistas visualizar e manipular materiais em escala atômica. Outras técnicas incluem deposição de camadas atômicas e síntese de nanopartículas.
Aplicações
A nanotecnologia tem aplicações em muitas áreas, especialmente no estudo de doenças.
Por isso, equipamentos como nanobomba estão se tornando mais acessíveis. Essa tecnologia ajuda a desenvolver sistemas de medicamentos que podem direcionar tratamentos diretamente para células doentes, como células cancerígenas, minimizando efeitos colaterais.
Além disso, produz componentes eletrônicos menores, mais rápidos e mais eficientes, como transistores e chips de computador. Para áreas de inovação, esse avanço é extremamente positivo. Com a nanotecnologia, será possível alcançar níveis revolucionários em pesquisas, ciências exatas e exploração espacial, por exemplo.
Ainda, é uma tecnologia que permite a criação de materiais mais leves, fortes e resistentes, como revestimentos anti-riscos, tecidos que repelem manchas e água, e nanocompósitos.
Em termos de energia, ajuda no desenvolvimento de soluções para armazenamento e geração elétrica, incluindo baterias de maior capacidade e painéis solares mais eficientes.
No entanto, sendo uma área de estudo tão nova, ainda existe muito a se descobrir. Inovações como a nanobomba está apenas na fase de testes, mas mostra o potencial que existe nessa tecnologia.
Por isso, é um sucesso para os pesquisadores, e se torna cada vez mais possível para implementar na prática. Resta aguardar novas fases de teste e resultados positivos na medicina, tecnologia e ciência avançada.