Ciência e Tecnologia

Descobertas mudam novamente a origem da vida humana

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Arqueólogos na Argélia descobriram ferramentas de pedras e ossos de animais que podem ter cerca de 2,4 milhões de anos, o que colocaria em xeque o título da África Oriental, como sendo o berço da humanidade. A escavação foi realizada por especialistas vindos da Espanha, Austrália, França e Argélia. Tais formações foram dispostas pelos pesquisadores em um relatório para a revista Science.

Alguns dos artefatos, os mais antigos descobertos na região até o momento, foram encontrados por uma equipe composta por profissionais do mundo todo em Setif, localizado a cerca de 300 quilômetros a leste de Argel. Tais ferramentas muito se assemelham às chamadas Olduvaiense, que até então haviam sido encontradas principalmente na África Oriental.

As descobertas

As ferramentas foram encontradas próximas de dezenas de ossos de animais fossilizados que continham marcas de cortes em si, evidenciando a ingestão de carne por nossos antepassados. Esses ossos são referentes a ancestrais de crocodilos, elefantes e hipopótamos.

“A África Oriental é amplamente considerada como o berço do uso de ferramentas de pedra pelos nossos antigos ancestrais hominídeos – os primeiros exemplos datam de cerca de 2,6 milhões de anos atrás”, afirmaram os pesquisadores em um relatório na Science.

“As novas descobertas fazem de Ain Boucherit o local mais antigo do norte da África, com evidências da ingestão de carne associado ao uso de ferramentas de pedra, e sugerem que outros locais semelhantes poderiam ser encontrados fora do leste da África”, reforçam.

Hipóteses

Uma das hipóteses é que os primeiros ancestrais do homem moderno teriam levado tais ferramentas para fora da África Oriental e demais regiões do continente. A outra é um “cenário de origem múltipla”, onde os primeiros hominídios, tanto no leste quanto no norte da África, criaram e usaram tais ferramentas.

“O local de Ain Lahnech é o segundo mais antigo do mundo depois de Gona, na Etiópia, que remonta a 2,6 milhões de anos atrás e é amplamente considerado o berço da humanidade”, disse Mohamed Sahouni, principal autor do relatório à AFP. As descobertas ocorreram em suas camadas, uma com 2,4 milhões de anos e a segunda com 1,9 milhões.

E isso pode mostrar que nossos ancestrais estavam presentes no norte da África ao menos 600 mil anos antes do que os cientistas imaginavam. As ferramentas mais antigas conhecidas pelos cientistas até o presente momento tinham cerca de 1,8 milhão de anos e foram encontradas em um local próximo.

Nenhum resto humano foi encontrado. O que gera uma dúvida aos cientistas é que espécie de hominídeos viviam no local, ou que primo antigo do homo sapiens poderia ter usado tais ferramentas.

“Agora que Ain Boucherit produziu a arqueologia de Olduvaiense, estimada em 2,4 milhões de anos atrás, o norte da África e o Saara podem ser um repositório de materiais arqueológicos adicionais. Com base no potencial de Ain Boucherit e nas bacias sedimentares adjacentes, sugerimos que os fósseis de hominídeos e os artefatos de Olduvaiense, tão antigos quanto os documentados na África Oriental, também possam ser descobertos no norte da África”, concluiu o relatório.

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