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Essa caracaterísica planetária pode ser crucial para o surgimento de vida complexa

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Desde que o mundo é mundo, os primeiros humanos já eram fascinados pelo céu e pelos astros que eram vistos. Conforme a tecnologia foi avançando e o pensamento científico também foi sendo mais elaborado, o encanto pelo espaço e pelos ambientes, ao redor do universo, apenas aumentaram. É claro que, com o fascínio pelo espaço e com o aumento de recursos, o fascínio pela possibilidade de existir vida fora da Terra também cresceu.

Claro que para que a vida complexa exista em outro lugar que não a Terra é preciso vários fatores, mas os cientistas parecem ter achado a característica crucial para isso. Ela é a maneira como um planeta está inclinado em seu eixo de rotação em relação ao seu plano orbital ao redor de uma estrela. Isso é conhecido como inclinação axial.

Característica

Segundo um novo estudo, uma inclinação axial modesta, como a do nosso planeta, ajuda a aumentar a produção de oxigênio que é vital para a vida como nós a conhecemos. E os planetas que tem essa inclinação ou muito pequena, ou muito grande podem não conseguir produzir oxigênio suficiente para que a vida complexa prospere.

“O resultado final é que mundos que são modestamente inclinados em seus eixos podem ter maior probabilidade de desenvolver vida complexa. Isso nos ajuda a estreitar a busca por vida complexa, talvez até inteligente, no Universo”, disse a cientista planetária Stephanie Olson, da Purdue University.

Obviamente é possível que a vida surja fora dos parâmetros conhecidos na Terra. Mas como ele é o único planeta que se sabe com certeza que abriga vida, é conveniente que os pesquisadores modelem as pesquisas de acordo com a Terra.

Quando procuram vida fora da Terra a primeira coisa que os pesquisadores procuram é se o planeta é relativamente pequeno e rochoso como o nosso. Além de ver se ele orbita a estrela a uma distância chamada zona habitável, onde as temperaturas permitem a entrada de água líquida na superfície.

Vida

Esses fatores são bons de analisar, mas os que contribuem para o surgimento de vida são, provavelmente, bem mais complexos. Por exemplo, a presença de um campo magnético é considerada bastante importante porque ele protege a atmosfera planetária dos ventos estelares. Além da excentricidade da órbita do planeta e que tipo de outros planetas estão presentes no seu sistema também são fatores bastante importantes.

O fator que Olson e sua equipe observaram mais foi a presença e produção de oxigênio. Mais especificamente, as condições do planeta que podem impactar a quantidade de oxigênio que é produzida pela vida fotossintética.

O objetivo dos pesquisadores é entender como as condições onde as cianobactérias poderiam prosperar surgiram. Eles fazem isso através da modelagem.

“O modelo nos permite mudar coisas como a duração do dia, a quantidade de atmosfera ou a distribuição da terra para ver como os ambientes marinhos e a vida produtora de oxigênio nos oceanos respondem”, explicou Olson.

Esse modelo mostrou que vários fatore podem ter influenciado o transporte de nutrientes nos oceanos de tal forma que contribuiu para o surgimento de organismos produtores de oxigênio, como por exemplo, as cianobactérias.

Fora da Terra

Com o passar do tempo, a rotação da Terra diminuiu, os dias ficaram maiores e os continentes se formaram e migraram. Os pesquisadores descobriram que todas essas mudanças poderiam ter ajudado no aumento de oxigênio.

Outro fator considerado foi a inclinação axial. O eixo do nosso planeta não é exatamente perpendicular ao seu plano orbital ao redor do sol. Ele está inclinado em um ângulo de 23,5 graus em relação à perpendicular. É essa inclinação que nos dá as estações do ano. E as mudanças de temperatura também influenciam os oceanos, o que resulta em uma mistura convectiva e correntes e a disponibilidade de nutrientes.

Por conta de tudo isso, talvez não seja tão surpreendente que a inclinação axial tenha um efeito tão significativo na produção de oxigênio.

“A maior inclinação aumentou a produção de oxigênio fotossintético no oceano em nosso modelo, em parte aumentando a eficiência com a qual os ingredientes biológicos são reciclados. O efeito foi semelhante a dobrar a quantidade de nutrientes que sustentam a vida”, explicou a cientista planetária Megan Barnett, da Universidade de Chicago.

Esse é outro parâmetro que os pesquisadores podem usar para ajudá-los a restringir os planetas em outras galáxias onde provavelmente haja vida como a conhecemos.

Esse é o motivo de vermos rostos em todos os lugares, de acordo com a ciência

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