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Essa família ficou isolada por mais de 40 anos, e estavam assim quando foram encontrados

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Numa era em que temos acesso a informações vindo de todos os lados a todo instante, é difícil imaginar alguém que ainda continua alheio a fatos importantes que acontecem no mundo. Existe uma família que conseguiu esse feito inacreditável ao longo da história e ficou sem conhecer eventos importantes que aconteciam no mundo, como a Segunda Guerra Mundial.

A taiga siberiana é um dos ambientes selvagens mais isolados do planeta por conta da dificuldade de se viajar pela região. Ali, o planeta conhece os mais curtos verões e mais longos invernos. Ainda assim, em 1978, geólogos russos que estavam na região se depararam com a Família Lykov.

Os Lykov eram cinco pessoas que estavam vivendo em completo isolamento por mais de 40 anos, desde 1936. A família vivia a cerca de 240km do acampamento mais próximo, num lugar previamente inexplorado. Antes disso. eles viviam como uma família normal nas cidades, mas depois que um parente da família foi baleado pela polícia soviética, eles decidiram fugir e nunca mais foram vistos desde então.

Quando os Lykov chegaram no local pela primeira vez, eles eram apenas quatro: Karp Lykov, a esposa Akulina, o filho Savin e a filha Natalia. Durante a vida selvagem, duas novas crianças chegaram à família: Dmitry, em 1940, e Agafia, em 1943. No fim da década de 50, quando a família passou por um período de fome, Akulina acabou morrendo.

Para sobreviver, a família coletava frutas no ambiente, plantava os próprios vegetais e costurava as próprias roupas a partir de tecidos que produziam ali mesmo. Eles também aprenderam a caçar sem armas ou arcos. Quando Dmitry estava crescido, ele já era um verdadeiro especialista em caça. Ele se tornou tão perito na arte que era capaz de buscar animais andando descalço pela região durante o inverno.

Quando os geólogos encontraram os Lukov, em 1978, eles ficaram impressionados com um grupo capaz de viver em condições tão precárias. A princípio, o grupo recusava tudo o que os profissionais ofereciam, com exceção de sal. Durante todo esse tempo, Karp não havia colocado sal em sua boca.

Por conta do isolamento, a família estava completamente desinformada sobre acontecimentos do mundo que aconteciam naquela época. Os Lykov não sabiam que o mundo tinha passado pela Segunda Guerra Mundial ou que o homem tinha ido à Lua, por exemplo. Ao conhecer as inovações do mundo moderno, eles ficaram fascinados pelos “milagres” tecnológicos.

De acordo com o repórter Vasily Peskok, uma das coisas que mais impressionou Karp foi uma simples embalagem plástica. “Meu deus, o que eles pensaram, é vidro mas está em pedaços!”, teria declarado o homem

No outono de 1981, três dos quatro irmãos Lykov acabaram morrendo com poucos dias de diferença. Dois deles foram vítimas de falha dos rins e o terceiro não resistiu a uma pneumonia.

Os profissionais ainda tentaram convencer Karp e Agafia a mudar de vida e viver com parentes numa vila a mais de 200km dali, mas eles sempre foram contra a ideia. Em 16 de fevereiro de 1988, Karp morreu e sua filha Agafia continuou vivendo isolada nas montanha.

Em 2013, aos 69 anos, ela foi visitada pelo fotógrafo russo Igor Shpilenok, que revelou que ela recebe vários visitantes várias vezes no ano, principalmente para ajudar em invernos rigorosos. Agafia ainda vivia seguindo princípios religiosos rigorosos e chegou a impedir que o fotógrafo e sua equipe fizessem qualquer trabalho no dia em que chegaram 2 de agosto, por ser o dia de celebrar o profeta Elias.

Na ocasião, ela deixou de comer por todo o dia e ainda chegou cada presente que recebeu para ter certeza que não havia código de barras em nenhum produto, já que vê a marca como um símbolo do diabo.

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