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Essas são as imagens em close-up mais detalhadas das bactérias

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Em suma, os cientistas não param. Afinal, o ramo da ciência exige um trabalho árduo e constante. É preciso inventar, reinventar e um estudo constante das coisas. Sempre existe alguma coisa para se explorar e entender. Na ciência, quanto mais respostas são obtidas, mais se descobre que existem mais coisas a serem feitas.

Nesse interim, os pesquisadores miraram seus microscópios de alta potência para a “pele” protetora das bactérias. Eles analisaram como essa membrana está organizada e com isso revelaram mais detalhes do que jamais visto.

As bactérias gram-negativas, como Escherichia coli, tem essas membranas externas para manter suas entranhas no lugar e para funcionar como proteção contra a agitação da vida bacteriana. E essas membranas tem várias outras ferramentas, como proteínas da membrana externa e toxinas como lipopolissacarídeos espalhados pela superfície.

Bactérias

E sabendo disso outras perguntas surgem. Como por exemplo, como tudo isso se encaixa? Qual a proporção de “pregos” para a membrana na bactéria? Foi isso que o novo estudo quis responder.

“A membrana externa é uma barreira formidável contra os antibióticos e é um fator importante para tornar as bactérias infecciosas resistentes ao tratamento médico. No entanto, permanece relativamente incerto como essa barreira é montada, razão pela qual optamos por estudá-la com tantos detalhes. Ao estudar bactérias vivas da escala molecular à celular, podemos ver como as proteínas da membrana formam uma rede que se estende por toda a superfície da bactéria, deixando pequenas lacunas para manchas que não contêm proteína”, explicou biofísico e autor sênior da University College London Bart Hoogenboom.

Para o estudo, os pesquisadores usaram um microscópio de força atômica. Ele é um microscópio que cutuca de forma contínua a superfície da membrana para conseguir determinar a aparência da sua forma. O processo se parece com a leitura em braile, mas no caso é feita com lasers ao invés da ponta dos dedos.

Feito isso, os pesquisadores conseguiram produzir uma imagem maravilhosa da membrana bacteriana. Eles chamaram as imagens de “mais nítidas de bactérias vivas”. Ela mostra a densidade das proteínas da membrana externa em toda superfície.

Imagem

Como é possível ver na imagem, existem vários orifícios minúsculos na superfície. As proteínas vistas são as chamadas porinas. Elas formam túneis através da membrana da bactéria para permitir a difusão das moléculas. E os lugares lisos são os lipopolissacarídeos que podem se expandir conforme a célula cresce.

“Concluímos que a membrana externa é um mosaico de regiões ricas em lipopolissacarídeos e proteínas da membrana externa separadas por fase, cuja manutenção é essencial para a integridade da membrana e, portanto, para o estilo de vida de uma bactéria gram-negativa”, escreveram os pesquisadores.

“A imagem do livro didático da membrana bacteriana externa mostra proteínas distribuídas sobre a membrana de forma desordenada, bem misturadas com outros blocos de construção da membrana. Nossas imagens demonstram que esse não é o caso, mas que as manchas lipídicas são segregadas das proteínas. redes ricas como o óleo se separando da água, em alguns casos formando fendas na armadura da bactéria. Esta nova maneira de olhar para a membrana externa significa que podemos agora começar a explorar se e como essa ordem é importante para a função da membrana, integridade e resistência aos antibióticos”, explicou a primeira autora e bioquímica da UCL, Georgina Benn.

Fonte: https://www.sciencealert.com/scientists-take-a-super-close-up-picture-of-a-living-e-coli-bacterium

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