Ciência e Tecnologia

Esse é o fungo mortal que está ameaçando a saúde mundial

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O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas, que inclui micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos. Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. Mas será que um fungo poderia ser mortal para toda da humanidade? Pode parecer coisa de filme, caros leitores, mas não é.

Estamos falando de um patógeno que resiste a quase todos os tipos de medicamentos desenvolvidos para combatê-lo. Só para vocês terem uma ideia, já foram relatadas infecções em 27 países e diversas mortes. O curioso é que esse fungo tem um comportamento completamente diferente do normal. A gente conta mais sobre essa história para vocês.

O fungo

Estamos falando de um organismo comum que se transformou em uma infeção terrível. O dr. Tom Chiller, chefe de doenças micóticas no Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, chamou o fungo de “mais infeccioso do que o Ebola”.

O nome do fungo é Candida auris e ele apareceu pela primeira fez em 2009. Desde então se tornou uma grande ameaça para a ciência, tanto que ainda não sabem de onde ele veio ou mesmo como encontrá-lo. Os hospitais estão tendo que recorrer a antigas práticas de higiene, como isolar pacientes e limpar quartos com alvejante.

O primeiro registro

Foi em 2009 que uma mulher de 70 anos, que já estavam em um hospital em Tóquio, desenvolveu uma infecção de ouvido. Antibióticos não fizeram efeito e isso fez com que os médicos pensassem que era um fungo. Nisso, a nova espécie foi descoberta. O novo patógeno mostrou alguma resistência aos antifúngicos de primeira escolha que seriam usados. A segunda droga, chamada anfotericina, é intravenosa e tão tóxica que os médicos evitam usá-la sempre que possível.

Isso fez com que eles recorressem para o último conjunto de medicamentos disponíveis, uma nova classe intravenosa chamada equinocandina.

Na mesma época, médicos da Coréia do Sul foram chamados para tratar dois pacientes hospitalares, um menino de 1 ano com distúrbio de células sanguíneas e um homem de 74 anos com câncer de garganta. Nos dois casos os pacientes estavam com infecções na corrente sanguínea que tinha sido causadas pelo fungo. As duas pessoas morreram.

Temos um problema?

A C. auris é altamente resistente à drogas. Só para vocês terem uma ideia, o CDC divulgou uma análise de casos relatados nos 27 países onde houve registro do fungo. Mais de 90% deles eram resistentes aos azóis, 30% era resistentes à anfotericina e até 20% eram resistentes às equinocandinas.

O que mais deixa os especialistas em alerta são os surtos hospitalares de longa duração que pode causar. Por exemplo, um hospital de Londres teve que isolar seus pacientes, tomar precauções de contato (como luvas e aventais) banhar os infectados duas vezes ao dia com desinfetante e lavar seus quartos três vezes ao dia com alvejante diluído.

Um estudo mostrou que cerca de 80% dos infectados foram erroneamente diagnosticados, surgindo assim mais um desafio.

Nos resta agora, caros leitores, torcer para que os especialistas encontrem uma maneira de colocar fim de vez nesse fungo que ameaça toda a humanidade. Mas e você, sabia que um fungo poderia ser tão perigoso assim? Não esqueça de comentar aqui embaixo pra gente!

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