Ciência e Tecnologia

Esse é o rastro de vida mais antigo na Terra

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Os cientistas e pesquisadores dedicam a sua vida a entender os mistérios da vida. Com isso várias descobertas de extrema importância foram feitas. Possibilitando que vivamos hoje da forma que vivemos. A formação do Universo ainda é um fator muito discutido e abre diversos questionamentos. Porém, algumas coisas mais palpáveis podem ser descobertas e justificadas mais facilmente. Recentemente uma incrível descoberta foi confirmada pela Universidade do Wisconsin-Madison e pela UCLA. Isso pode mudar muito a forma com que compreendemos a vida no mundo.

O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A análise teve como coordenador do estudo o paleobiologista James Wiliam Schopf e o professor de geociências John W.Valley. Foram descobertas onze espécies microbianas com relação de parentesco umas com as outras. Um estudo a respeito delas mostrou que suas características morfológicas podem ser relacionadas com os traços químicos característicos da vida. Mesmo que algumas de suas características sejam semelhantes a alguns micróbios atuais elas são na verdade pertencentes a espécies extintas. Os seus restos fossilizados datam de 3.500 milhões de anos atrás e pertencem a um período ao qual o oxigênio não era encontrado da forma que o temos hoje.

Fracassos e vitórias na pesquisa

Os fósseis foram encontrados em rochas muito antigas. Elas foram encontradas em 1982 em uma pedreira na Austrália Ocidental chamada Apex. O local é um dos poucos onde ainda se podem encontrar rochas primitivas. As rochas que mantinham os fósseis foram preservadas assim que foram encontradas já que não haviam sofrido alterações pelas placas tectônicas ou qualquer outro processo geológico que pudesse danificá-los. Seus organismos foram descritos pela primeira vez em 1993 porém a descrença de muitos a respeito de seu pesquisador, Schopf, fez com que fosse desacreditado na época.

Depois de muito tempo trabalhando nos fósseis com a intenção de provar a sua teoria isso finalmente foi possível, com a ajuda de Valley e seus grupos. Eles utilizaram um espectrômetro de massa de íons secundário capaz de remover os átomos da amostra utilizando um feixe de íons de baixa energia para isso. Isso fez com que o estudo finalmente fosse possível. Depois de medir suas proporções eles chegaram a conclusão de que realmente se tratava de organismos vivos.

O trajeto da vida na Terra

Com os primeiros passos dados e as felizes comprovações de suas teorias o estudo ainda tinha um longo percurso pela frente. Eles conseguiram encontrar entre os microorganismos algumas bactérias fototróficas. Essas bactérias utilizam a radiação emitida pelo sol para gerar sua energia. Elas produziam metano e gammaproteobactéria que possibilitavam a oxidação de gases e foram muito importantes para a atmosfera primitiva. Com a descoberta desses micróbios de 3.500 milhões de anos eles acreditam que a vida na Terra tenha se desenvolvido ainda antes. Um estudo independente feito pelo professor Valley em 2001 mostra que oceanos já haviam se formado em nosso planeta há 4.300 milhões de anos. Mesmo que as evidências sobre a vida naquele período ainda não sejam provadas ele acredita que não se possa descartar a ideia.

Realmente a vida tem se formado desde bem antes do que a maioria de nós consegue imaginar. Ainda há muito para se descobrir sobre os mistérios do universo. O que acham dessa nova descoberta?

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