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Esse recife de coral é maior que o Empire State

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Na extremidade norte da Grande Barreira de Corais da Austrália, foi encontrado um grande recife de corais. Com 500 metros de altura, ele é mais alto que o Empire State Building, em Nova York.

De acordo com especialistas, essa é a primeira descoberta do tipo em 120 anos. A estrutura foi encontrada em outubro de 2020 por cientistas enquanto faziam o mapeamento em 3D do fundo do mar na região. Ela está separada da Grande Barreira de Corais.

A pesquisa foi feita por meio de um navio de pesquisa do Schmidt Ocean Institute (SOI), grupo sem fins lucrativos com sede na Califórnia. Os pesquisadores usaram um robô subaquático para explorar o recife.

O robô SuBastian transmitiu ao vivo a descoberta e um vídeo foi publicado no YouTube.

“Descobrir um novo recife de meio quilômetro de altura, na área costeira de Cabo York da conhecida Grande Barreira de Corais, mostra como o mundo é misterioso além de nossa costa”, disse a diretora-executiva da SOI, Jyotika Virmani.

“Esta combinação poderosa de dados de mapeamento e imagens subaquáticas será usada para entender este novo recife e seu papel dentro da incrível área de Patrimônio Mundial da Grande Barreira de Corais.”

A Grande Barreira de Corais é o maior recife de coral do mundo e abriga mais de 1,5 mil espécies de peixes, 411 espécies de corais duros e outras espécies. Os 2.300 km foi declarado como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1981 devido à sua “enorme importância intrínseca e científica”.

Porém, nos últimos anos pelo fato do mar estar mais quente, os corais acabaram morrendo, assim como dispersou outros animais e acelerou o crescimento das algas e outros agentes contaminantes. Um estudo publicado em 2020, mostrou que o local perdeu mais da metade dos corais desde 1995 por causa do aumento da temperatura dos oceanos, provocado pelas mudanças climáticas.

O novo recife de coral

Foto: Schmidt Ocean Institute /BBC

De acordo com os pesquisadores, o recife é o primeiro do tipo a ser encontrado na região desde o fim do século 19. Além disso, existem outros sete recifes altos na área, incluindo o da ilha de Raine, principal local de desova de tartarugas-verdes no mundo.

Apesar de estar apoiado no fundo do oceano ao longo de North Queensland, ele não faz parte do corpo principal da Grande Barreira de Corais.

Relatado como “semelhante a uma lâmina”, o recife tem uma base de 1,5 km de largura, além de 500 metros de altura a apenas 40 metro de atingir a superfície do mar.

“Esta descoberta inesperada comprova que continuamos a encontrar estruturas desconhecidas e novas espécies em nosso oceano”, destacou a cofundadora da SOI, Wendy Schmidt.

“O nosso conhecimento sobre o que há no oceano sempre foi muito limitado. Graças às novas tecnologias que funcionam como nossos olhos, ouvidos e mãos no fundo do oceano, temos a capacidade de explorar como nunca antes.”

“Novas paisagens oceânicas estão se abrindo para nós, revelando ecossistemas e formas de vida variadas que dividem o planeta com a gente”, completou.

Outras descobertas dos pesquisadores

Foto: Schmidt Ocean Institute /BBC

O instituto SOI já informou ter descoberto até 30 novas espécies, incluindo “a mais longa criatura marinha já registrada”, sifonóforo, de 45 metros de comprimento encontrado em abril de 2020.

Os sifonóforos são organismos marinhos encontrados no fundo do mar, além de serem considerados primos das água-vivas e corais. Muitos brilham em verde e azul para atrair presas.

Uma outra descoberta foi de corais negros, assim como as esponjas e a “primeira observação na Austrália de peixes-escorpião (Scorpaenidae) raros”, informa o instituto.

Fonte: BBC

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