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Estudo mostrou que um ritual viking extremamente bruto era possível

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Viking é um termo usado para se referir aos exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas nórdicos, que invadiram, exploraram e colonizaram grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte. Eles eram famosos por construir casas e navios resistentes o bastante para viajar do oriente, como Rússia, até o extremo ocidente, como Islândia e Groenlândia. Além disso, são associados a práticas de ritual brutal e exagerado.

Os vikings deixaram suas terras nórdicas para fazer fortuna negociando e invadindo a Europa. E entre as práticas violentas desse povo, um ritual se destacava. Chamado de “águia de sangue”, ele era um ritual sangrento que os vikings faziam com seus inimigos mais odiados.

Supostamente, esse ritual envolvia esculpir as costas da vítima e cortar suas costelas da coluna. Isso, antes de se arrancar os pulmões através dos ferimentos provocados.

Ritual

All thtas interesting

O nome do ritual veio porque a terminação final dos pulmões espalhados nas costelas estendidas, teoricamente, se parecia com o movimento das asas de um pássaro. Recentemente, representações desse ritual apareceram na série “Vikings”, no videogame “Assassins Creed: Valhalla” e no filme “Midsommar”.

Por décadas os pesquisadores rejeitaram a real existência do ritual e o tratavam apenas como uma lenda. Até porque, nenhuma evidência arqueológica dele foi encontradas. Ademais, nem os próprios vikings tiveram um registro do ritual.

Portanto, esse ritual foi colocado como improvável e como um grande mal entendido da poesia complexa escrito pelos vikings, misturado com um desejo cristão de pintar esse povo como bárbaros pagãos.

Entretanto, um novo estudo teve uma nova abordagem a respeito desse assunto. A equipe, composta por cientistas, médicos e um historiador, foi além da questão sempre proposta de indagar se “o ritual águia de sangue realmente aconteceu”. Ao invés disso, eles se perguntaram “poderia ter acontecido?”. Como resposta, eles tiveram um sonoro sim.

Probabilidade

Science Alert

Os estudos anteriores sempre focaram nos detalhes de relatos textuais medievais do ritual, o que provocou debates longos que se concentram nos termos exatos usados para descrever o corte ou o entalhe da águia nas costas da vítima.

Então, com um conhecimento moderno de anatomia e fisiologia, junto com uma reavaliação bem meticulosa dos relatos medievais do ritual, os pesquisadores investigaram o efeito que uma águia de sangue teria no corpo.

Como resultado, eles descobriram que esse procedimento em si seria bem difícil. Mas não seria impossível, mesmo com a tecnologia que eles tinham na época.

“Suspeitamos que se poderia ter usado um tipo específico de ponta de lança Viking como uma ferramenta improvisada para ‘abrir o zíper’ da caixa torácica rapidamente por trás. Pode se retratar essa arma em um monumento de pedra encontrado na ilha sueca de Gotland, em que uma cena esculpida na pedra retrata algo que poderia ter sido uma águia sangrenta ou outra execução”, disseram os pesquisadores.

“No entanto, também percebemos que mesmo que se executasse o ritual com cuidado, a vítima teria morrido muito rapidamente. Portanto, qualquer tentativa de remodelar as costelas em ‘asas’ ou remover os pulmões teria sido realizada em um cadáver. Essa última ‘vibração’ não teria acontecido”, pontuaram.

Mesmo que essas descobertas façam com que o ritual águia de sangue seja ainda menos improvável, os pesquisadores mostraram que, por mais que mutilar cadáveres e fazer rituais com eles fosse uma coisa incomum, não era uma coisa totalmente fora da realidade da elite guerreira da era viking.

Observações

Bizsiziz

Baseando-se nos dados arqueológicos e históricos, os pesquisadores mostraram que o ritual águia de sangue vai de encontro com o que se sabe a respeito de como a elite guerreira da era viking se comportava.

Os guerreiros dessa camada da sociedade eram obcecados com suas reputações. Por isso, estavam dispostos a ir a extremos para proteger sua imagem. Nesse ínterim, o ritual águia de sangue fazia parte desse comportamento extremo feito apenas em circunstâncias excepcionais.

Em conclusão, os pesquisadores do novo estudo dizem que, ao contrário do que se estabeleceu anteriormente, o ritual águia de sangue poderia sim ter acontecido na era viking. Até porque, ele era fisicamente possível e estava alinhado com os hábitos sociais mais amplos de execução e tratamento dos cadáveres.

Fonte: Science Alert

Imagens: Science Alert, All thats interesting, Bizsiziz

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