Natureza

Floresta Amazônica e Deserto do Saara tem algo em comum mesmo a 5.000 km de distância

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Olhando, superficialmente para lugares distintos como a Floresta Amazônica e o Deserto do Saara você provavelmente seria capaz de dizer que ambas não compartilham nenhum ponto crucial em comum. Mas, mesmo com suas grandes divergências, e sua distância de 5,3 mil quilômetros, esses locais ainda conseguem manter algumas características em comum. Na verdade, a existência de um é extremamente fundamental para o outro.

Esse fator, que contradiz alguns preceitos do senso comum, tem surpreendido algumas pessoas ao redor do mundo. E, depois de relatar que uma contribui para a existência da outra, você provavelmente deve ter imaginado que o “salvador” seria a grande e diversificada Floresta Amazônica.

Se você chegou a pensar isso, acredite, você está enganado. Acontece que o Deserto do Saara é responsável por grande parte das chuvas torrenciais que ocorrem na Floresta Amazônica e, sem elas, toda a biodiversidade presente no local estaria em risco.

Como as duas estão relacionadas?

Como mencionamos anteriormente, o Deserto do Saara contribui significativamente para a manutenção da Floresta Amazônica. Fator que pode parecer realmente estranho a primeira vista. Mas, como isso é possível? Acontece que os núcleos de condensação – parte da nuvem na qual o vapor de água se condensa, é formado por partículas de suspensão presentes no ar, o que incluí a poeira.

O estudo que chegou a esta conclusão tem sido desenvolvido a cerca de 10 anos por pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Alemanha. Ele acabou concluindo que a poeira do deserto contribui com a formação de nuvens na Amazônia Central. Fazendo com que elas se desenvolvam principalmente na região de Manaus, que é  responsável por 80% da chuva da região.

Como a poeira do deserto chega até a Floresta Amazônica?

Todos os anos, entre os meses de fevereiro e maio, um fenômeno faz com que as tempestades formadas no Deserto do Saara sigam em direção a Floresta Amazônica, carregando toneladas de poeira e areia junto com ela. Elas percorrem cerca de 5 mil quilômetros pelo Oceano Atlântico até conseguirem chegar ao seu ‘destino’. Durante estes 5 meses, a Zona de Convergência Intertropical acaba ajudando o processo a se concretizar, fazendo com que as massas de ar do hemisfério Norte sigam para a Amazônia Central.

De acordo com um especialista, para que a chuva possa se formar é preciso que 3 pontos básicos ocorram em harmonia. São estes; o vapor de água, as condições termodinâmicas adequadas e as partículas de condensação. E, mais uma vez, a poeira que vem do Deserto do Saara é uma das partículas de condensação utilizadas no processo. Vale lembrar também que, relatos da NASA, contribuem com o estudo feito. Eles relataram que cerca de 182 milhões de toneladas de poeira saem do Saara em direção a Américas do Sul e Central. Além disso, a poeira trazida é rica em fósforo e contribuí com outros fatores naturais.

O local responsável por proporcionar as medidas utilizadas na pesquisa foram proporcionados pela Amazon Tall Tower Observatory. A instalação tem mais de 325 metros de altura e se encontra na reserva Uatumã, em São Sebastião do Uatumã – cerca de 180 quilômetros de Manaus. E, para chegar a essa conclusão, diversas pesquisas e testes químicos foram necessários. A descoberta pode mudar a sua forma de ver esses dois lugares e, novamente, confirmarem como tudo está interligado, concordam?

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